O candidato do PSB, Danilo Cabral, estava pistola no debate da TV Jornal Caruaru, nesta sexta-feira.

Com a ausência de Marília Arraes e Anderson Ferreira, a expectativa é que o socialista virasse alvo dos demais candidatos de oposição.

No ar, Danilo Cabral partiu para cima dos adversários mais competitivos, como Raquel Lyra e Miguel Coelho.

Marília Arraes foi questionada por todos os adversários pela ausência, mas já era algo esperado.

O curioso foi ver que o candidato Anderson Ferreira, do PL de Bolsonaro, mesmo ausente, teve defesa, na pessoa do candidato do PTB, pastor Wellington.

No Estado, e nacionalmente, o PTB é linha auxiliar do presidente Bolsonaro. “…Marília Arraes, embora espalhe fake news informando que está apoiando o ex-presidente do PT, se aliou ao Centrão de Jair Bolsonaro para destinar recursos sem que a sociedade tenha acesso às informações”. “Será que por ter usado recursos do Orçamento Secreto Marília se ausentou da votação do fura-fila das vacinas, aquela que garantia que o rico pudesse passar na frente do pobre que estava no SUS?

Você se ausentou desta votação.

Será que foi por isso que Marília se ausentou também da votação que trata da liberação de armas, a principal pauta do bolsonarismo no Brasil?

Você também não estava presente lá”. “É injustificável que qualquer parlamentar que defenda a democracia utilize desse instrumento que, lamentavelmente, alimenta a corrupção e a destruição das políticas públicas.

Tá cheio de parlamentares que até criticam Bolsonaro na TV, mas, quando chega no dia a dia, acaba dando suporte a esse governo traumático para o Brasil, votando em projetos e recebendo benefícios com o Orçamento Secreto”, atacou.

Danilo Cabral, como era de se esperar, também voltou a apostar na associação com o nome de Lula, de quem agora até programas semelhantes se utiliza.

No ar, citou um deles para a área de recuperação de crédito.

Além de Marília, a candidato da Frente Popular fez críticas às falas de Miguel Coelho, Raquel Lyra e, por diversas vezes, enfatizou a ausência de Marília Arraes.

Nas palavras de Miguel Coelho, a postura de Cabral era uma tentativa de “chamar atenção, pela mentira ou pelo desespero”.

Candidatos a governador de Pernambuco se enfrentaram na TV Jornal Interior - SJCC Confira um resumo das falas dos candidatos no Debate da TV Jornal Caruaru Raquel Lyra Raquel Lyra, ex-prefeita de Caruaru, parecia em casa, tendo usado a questão da violência e depois a questão da saúde para criticar a gestão Paulo Câmara.

Ela chegou a afirmar que Paulo Câmara havia acabado o Pacto pela Vida, um dia depois de o governador ter prometido quase 5 mil novos empregos na área de segurança, ainda neste segundo semestre.

Na saúde, Raquel Lyra voltou a cobrar o Hospital da Mulher, afirmando que Danilo tergiversou e não respondeu a razão de estar parado, não ter sido concluído. “É piada Raquel falar em saneamento.

O que tu fizeste com Vila Canaã, que tem esgoto a céu aberto?” Em outra “treta”, Danilo, chamado de piada por Raquel, disse que piada era ela. “… falando de cultura…

Jorge de Altinho foi barrado aqui no forró de Caruaru, que coisa feia, valoriza a cultura!”, afirmou.

Raquel Lyra também trocou farpas com Miguel Coelho, que havia dito que havia sido escolhido melhor prefeito de Pernambuco.

Raquel disse que esta escolha cabia ao povo, no voto. “Venho com a experiência de quem fez de Petrolina uma das 20 cidades mais saneadas do Brasil.

A única de Pernambuco que está no ranking positivo.

Do lado negativo, tem Recife, Jaboatão e Caruaru, que ainda está com pouco mais de 50% de cobertura”, destacou Miguel Coelho, despertando alguma ira de Raquel. “De fato, o povo pernambucano está sofrendo por conta do pior governo da nossa história, que é o PSB de Paulo Câmara.

Pernambuco está com a saúde sucateada, e apenas 30% do nosso estado tem saneamento básico.

A gente sabe que, para cada real investido em saneamento, a gente consegue economizar seis reais na saúde primária”, explicou.

Miguel Coelho Miguel Coelho também focou na rejeição de Paulo Câmara, usando saneamento e saúde para criticar o PSB.

Numa das falas, chamou Danilo de desesperado, por ter adotado um tom mais incisivo.

O candidato do União Brasil garantiu prometeu “tirar Pernambuco da topo dos rankings de desemprego, criminalidade, falta de água e resgatar o protagonismo econômico que já foi a principal marca do estado”. “Quero ser governador de Pernambuco para recuperar e resgatar tudo que o PSB tirou da gente: a alegria, a oportunidade, mas, acima de tudo, o futuro.

Pernambuco precisa de um governador que tenha liderança, atitude e coragem.

Que construa as pontes e as parcerias para fazer Pernambuco crescer”, disse.

Nas suas falas, defendeu a realização de concessões públicas para empresas como a Compesa, de modo a atrair recursos para investimentos no Estado.

Miguel reagia a uma fala de Danilo de que a família Coelho queria vender as águas do São Francisco, a privatização da Eletrobrás e Chesf.

Na mesma contenta, depois de ter dito que Marília Arraes teria acessado o orçamento secreto, Danilo Cabral citou o pai do ex-prefeito, o senador FBC, que foi ministro de Bolsonaro no Senado.

Danilo havia dito que Miguel era ingrato, ao criticar Paulo Câmara, uma vez que o Estado e a Compesa investiram na cidade de Petrolina. “Se ficar a Compesa a cargo do governo do estado, não vai dar conta.

E isso significa mais prejuízo para a população.

Por isso, tem que ter coragem e atitude para quebrar paradigmas e fazer o que é necessário”, disse Miguel.

Noutra fala mais polêmica, ele disse que Miguel seria o rei do orçamento secreto, numa possível segunda referência ao senador FBC e o recebimento de verbas do Congresso Nacional.

Miguel Coelho havia jogado a crise do Hospital da Restauração e dito que a Compesa não daria conta do saneamento isoladamente. “Vocês não tem um único hospital (construído)”, rebateu.

Ao prometer descentralização da saúde, Miguel afirmou que, além de reformar os principais hospitais do estado, seu governo vai construir cinco novos hospitais, oito maternidades e 12 centros de diagnósticos no interior, reforçando a parceria com as prefeituras para ampliar o atendimento e qualidade da atenção primária.

E lembrou que os investimentos em saneamento vão melhorar os indicadores da atenção primária.

João Arnaldo Passou a maior parte do programa afirmando que era o novo e era diferente do que esta sendo apresentado pelos adversários.

Logo no começo, o PSOL foi usado como escada, por Danilo, que tratou de jogar orçamento secreto e votações do Congresso, como liberação de armas e fura-fila na vacinação, nas costas de Marília, mas endereçando a João Arnaldo.

Respondendo a Danilo, João Arnaldo considerou o Orçamento Secreto como o maior escândalo de corrupção da história do Brasil, com o esquema comandado pelo Centrão e pelo presidente Jair Bolsonaro, e disse que o dinheiro das emendas indicadas por parlamentares não é utilizado para compras de equipamentos aos quais são destinados, mas voltam aos políticos que destinaram, em enriquecimento ilícito.

Pastor Wellington O candidato do PTB, um franco atirador, começou afirmando que nem Lula nem Bolsonaro iria governar Pernambuco, mas depois fez a defesa aberta e escancarada do governo Federal.

Ele acabou mostrando-se útil a Anderson Ferreira, por atrair a rejeição de Bolsonaro nos programas, enquanto Ferreira fala apenas de temas propositivos.

No ar, Danilo Cabral ignorou solenemente o candidato, dirigindo-se a Miguel e a Raquel.

Ele foi chamado de estagiário por Miguel Coelho e disse depois que não era estagiário, enquanto Coelho pertencia a uma família da oliguarquia.

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