Depois de subir nas pesquisas, chegando a 24% das intenções de voto, conforme o IPEC, nesta semana, a candidata a senadora do PT, Teresa Leitão, bateu duramente em Marília Arraes, candidata do Solidariedade e adversária de Danilo Cabral, do PSB.
As falas de Teresa foram feitas nas inaugurações dos comitês de Lula no Recife e de Rosa Amorim, candidata a deputada estadual.
Teresa Leitão endureceu o tom contra a chapa adversária e também André de Paula, destacando que a postulante a governadora do Solidariedade “traiu a aliança política estabelecida pelo conjunto de partidos”, entre eles o PSB e PT, e articulada pelo ex-presidente Lula, para derrotar o bolsonarismo no Brasil.
Teresa disse, em tom de confissão, que, em meio às articulações para formação da chapa da Frente Popular, ela e o deputado federal Carlos Veras recuaram da possibilidade de se lançaram candidatos ao Senado em favor da então oponente, que ainda estava no PT, com o aval de Lula.
Segundo a petista, Marília foi procurar o candidato a governador Danilo Cabral para que ele aceitasse a indicação de Marília ao Senado e, após selar a chapa, “fez um teatro e visitou Lula pra ela dizer que não queria”.
Com gordura nas pesquisas, na frente com larga vantagem, Marília Arraes tem evitado responder as críticas dos adversários.
Ela tem evitado ainda ir a debates, para evitar ataques diretos.
Marília Arraes será retrocesso, diz ex-aliada “A gente acha que pode dar uma vitória a uma pessoa que quer derrotar o PT, quer derrotar o PSB, quer constranger Lula?
Quer derrotar Lula.
A gente tem que ralar esses últimos dias de campanha”, afirmou Teresa. “Quem viveu a campanha de Marília para prefeita, como eu vivi por dentro da campanha, sabe que ela governadora será um retrocesso”, acrescentou a petista.
Confira o momento: Sebastião, Paulo Câmara e as estradas A candidata a senadora do PT criticou ainda o candidato a vice de Marília: “Caso Marília seja eleita, ela terá como vice Sebastião Oliveira, que prestou um mau serviço enquanto foi secretário de Transporte no Governo de Pernambuco”. “Tem muita gente do PT achando que a salvação da lavoura vai ser a eleição de Marília porque ela está travestida de petista, porque está travestida de lulista, está usando vermelho.
Marília tem duas pessoas ao redor dela que já estão operando, e vocês sabem quem são.
Marília tem o seu vice, e nós no buraco frio da Assembleia apelidávamos de Sebastião Buracão, quando ele era secretário dos transportes.
Hoje tá Paulo Câmara pagando todo o preço das estradas esburacadas”, disse a petista. “E tem ao lado dela, com todo o respeito, mas é uma pessoa que opera e gera na alta, que se chama Lula Cabral”, acrescentou.
Defesa do nome de Danilo Cabral Teresa Leitão citou ainda a política de aliança estabelecida entre o PT e o PSB para montar palanques nos estados e contribuir com a eventual vitória de Lula para a Presidência. “Houve o recuou o PSB em São Paulo para apoiar a candidatura de Fernando Haddad para o governo estadual.
E, em retribuição, o PT retirou a postulação de Humberto em Pernambuco para apoiar a de Danilo Cabral”. “Se alguém tem alguma sombra de dúvida sobre o voto em Danilo Cabral, converse com a gente, pergunte a mim, olho no olho.
Pergunte ao Humberto, pergunte a Carlos Veras, pergunte a João Paulo, pergunte a João da Costa, tenha uma conversa sincera, uma conversa franca.
A nossa vitória, a vitória de Lula aqui em Pernambuco não pode ser uma vitória miada.
Tem que ser uma vitória à altura”, disse Teresa. “Eu quero estar dentro de um projeto, com Lula eleito, com um governador que eu possa debater e confiar.
Que eu possa destinar recursos e saber que esses recursos vão ser aplicados corretamente. É disso que a gente trata.
Não tenham vergonha.
Isso faz parte de um projeto estratégico para uma nova configuração política aqui em Pernambuco e Danilo representa isso”, afirmou.
SENADO: TERESA LEITÃO (PT) é SABATINADA na RÁDIO JORNAL