O jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, colocou mais elementos na crise entre PSB e PT, que ganhou corpo por todo o país nas últimas horas.
A crise, segundo o G1 da TV Globo, pode levar ao ex-presidente Lula (PT) retirar o apoio a Danilo Cabral em Pernambuco.
A Folha de São Paulo, por sua vez, diz que, em retaliação ao PSB, caso os socialistas não cumpram acordos, Lula pode ter palanque duplo em Pernambuco, apoiando também Marília Arraes.
Em nota oficial, o diretório gaúcho do PSB disse que a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann “mentiu” sobre a retirada a candidatura do ex-deputado Beto Albuquerque, no Rio Grande do Sul.
O órgão estadual do PSB ainda chamou Gleisi de “arrogante”, na nota oficial.
O anúncio da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, de que o PSB havia recuado da candidatura de Beto Albuquerque ao Piratini para apoiar Edegar Pretto no Rio Grande do Sul, representou apenas mais um episódio tenso e equivocado na já estremecida relação entre os dois partidos no Estado.
A fala de Gleisi foi desmentida, em seguida, pelo próprio Beto Albuquerque, que divulgou um áudio sobre o caso. “Refuto e repilo a versão da Folha de São Paulo, saída da boca irresponsável da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, querendo anunciar decisões do PSB.
Minha candidatura pode sim ser discutida, mas pelo PSB, não pelo PT”, disse Beto.
O PSB também divulgou nota sustentando que em nenhum momento debateu a possibilidade de retirada da candidatura em apoio ao PT, nem foi consultado sobre o assunto pela direção nacional. “Diante do exposto, repudia veemente o gesto arrogante da presidente nacional do PT de querer falar em nome dos socialistas e reafirma a não coligação com o Partido dos Trabalhadores no Estado”, diz trecho do texto.
Beto viajou nesta quarta-feira para Brasília.
Nesta quinta-feira ele participa de reunião da executiva nacional do PSB e na sexta-feira da convenção nacional do partido.
Beto reconheceu, no áudio, que há questões que precisam ser discutidas com o presidente nacional, Carlos Siqueira, como os recursos para viabilizar a campanha. “Há resistências para a liberação de recursos já que estamos sozinhos, sem coligação.
Vou tratar sobre isto com o Siqueira”, afirmou.