Sem alarde, a Prefeitura do Recife concluiu licitação para aquisição de absorvente íntimo feminino para as estudantes da rede municipal de ensino, chamada de combate da “pobreza menstrual”.
A ideia de distribuir absorventes para adolescentes e mulheres probres partiu da deputada federal Marília Arraes (SD), que até já conseguiu aprovar uma lei federal a respeito, mas Jair Bolsonaro ainda não regulamentou o projeto de Marília.
A Prefeitura do Recife irá gastar, inicialmente, mais de R$ 1 milhão com o projeto.
A licitação foi conduzida pela Secretaria de Planejamento do Recife.
A empresa que irá fornecer os absorventes já foi escolhida em pregão eletrônico.
Em 2020, a deputada federal Marília Arraes (SD) acusou publicamente a deputada federal Tábata Amaral (PSB), namorada do prefeito João Campos, de “copiar seu projeto”.
Segundo a Folha de São Paulo, o projeto de Marília foi apresentado em 2019.
O gabinete de Tabata chegou a pedir que ela ficasse com a relatoria da proposta.
Isso não ocorreu.
E, em 2020, Tábata teria apresentado projeto igual ao de Marília. “O natural seria ela ter me procurado para que nós duas, junto com a relatora do meu projeto [a deputada Natália Bonavides], buscássemos algo que contemplasse as duas propostas.
E não divulgar a ideia como se tivesse partido dela”, disse Marília Arraes, na época.
Tabata respondeu na época à coluna de Mônica Bergamo, na Folha, que “não sabia de nada”. “Está me parecendo muito estranha essa postura dela [Marília].
Acho bastante machista, porque descobri ontem que logo que ela apresentou esse projeto, um deputado homem apresentou outro bem parecido e ela não se pronunciou", rebateu Tábata, em 2020.
Em 2020, os primos João Campos e Marília Arraes disputaram o segundo turno da Prefeitura do Recife.