O cientista político Antônio Lavareda, do Ipespe, observa que decorridos 53 dias do levantamento anterior, Bolsonaro avançou um ponto no primeiro turno estimulado ( FOI DE 34% A 35%) e um no segundo (DE 35% PARA 36%), enquanto Lula recuou um ponto no primeiro turno (de 45% para 44%), mantendo 53% no segundo. “A atual distância entre eles - nove pontos no primeiro turno, quase metade da observada na segunda volta - é a menor desde junho do ano passado.
Porém, para inverter o jogo o presidente necessita acelerar muito mais”, afirma. “Se o ritmo de recuperação que apresentou nesses quase dois meses fosse o mesmo até 2 de outubro, ele só conseguiria subtrair três pontos da atual diferença, chegando às urnas ainda seis atrás de Lula, cerca de 9 milhões de votos”.
Na terceira posição, Ciro continuou com 9%; Simone subiu um ponto, para 4%; o mesmo ocorrendo com Janones, que passou para 2%; Felipe e Marçal repetiram o 1% da rodada anterior; e os demais não alcançaram 0,5%.
De acordo com o sociólogo, numa disputa engessada como a atual, os jovens, as mulheres e os mais pobres garantem a dianteira de Lula sobre Bolsonaro. “Nos demográficos, é basicamente o placar entre os mais jovens (16-34 anos) onde Lula supera no primeiro turno Bolsonaro por 50% a 27%; Nas mulheres, em que Lula tem 48% E Bolsonaro 30%; e na faixa de 0-2 salários mínimos, com Lula marcando 51% contra 28% de Bolsonaro, o que explica a liderança do ex-presidente”, afirma Lavareda.