No meio de sua fala, no evento em Garanhuns, a deputada estadual Teresa Leitão, candidata do PT ao Senado ao lado de Danilo Cabral, chegou a citar o nome de Marília Arraes, mas não completou o ato falho.

Na justificativa, ainda no palco, a petista disse que havia feito a gague de propósito.

Teresa Leitão disse que fez o gesto para defender a fidelidade partidária.

Marília Arraes humilhou o PT na metade do ano e pulou para o Solidariedade.

Ela repetiu então três vezes o nome de Marília Ferro, como se colocasse uma vírgula entre o nome e sobrenome.

Quem é Marília Ferro?

Nas eleições de 2020, o município de Garanhuns, para a prefeitura, o deputado estadual Sivaldo Albino (PSB) formou uma coligação de centro-esquerda com PT, PDT, PCdoB, PSD e Avante e acabou derrotando o ex-prefeito (2001-2004) Silvino Duarte (PTB), médico e com uma coligação de centro-direita, apoiado pelo então prefeito de Garanhuns.

Para a Câmara de Vereadores da cidade, a coligação de apoio de Sivaldo Albino conquistou seis das 17 cadeiras e, do total de eleitos, cinco são mulheres.

Uma delas foi a candidatura coletiva e feminista Fany das Manas (PT), composta pela cantora Marília Ferro, pela professora e produtora cultural Fernanda Limão e pela advogada e professora Fany Bernal.

O senador Humberto Costa, do PT, barrado pelo PSB e partidos da Frente Popular para se lançar candidato ao governador do Estado, deu uma prova de humildade e grandeza pessoal.

Na sua fala, o senador defendeu o voto em Danilo Cabral, no palco em Garanhuns, demonstrando que superou a rasteira dos aliados no começo do ano.

O prefeito do Recife João Campos também discursou rapidamente no evento e falou do Nordeste como solução para o Brasil, repetindo falas de Eduardo Campos.

Como sempre histriônico, o ex-deputado Silvio Costa criticou duramente Bolsonaro e defendeu Paulo Câmara. “Bolsonaro perseguiu Paulo Câmara nos últimos quatro anos”, afirmou.

Na sua fala, Sílvio Costa comparou Danilo Cabral a Fernando Haddad, que disputou com Bolsonaro.

Cabral tem atuação na educação e, conforme sugeriu, poderia fazer um governo melhor do que Bolsonaro, que bateu o petista no pleito nacional.

No seu discurso, Paulo Câmara defendeu a mesma verticalização de Lula e Eduardo Campos, em favor de Danilo Cabral.