A empresa pernambucana Cone Suape, que atua com armazenagem e logística no porto de Suape, acusou na Justiça a multinacional Maersk de tirá-la do leilão de áreas do Estaleiro Atlântico sul para pagar menos.

O pedido para derrubar uma impugnação apresentada pela concorrente APM Terminals, subsidiária da multinacional Maersk, foi apresentado nesta terça, conforme relatou o blog. “… sem qualquer fundamento legal ou com base no Edital estabeleceu que apesar de já habilitada, a CONEPAR deveria, adicionalmente, apresentar carta de garantia de financiamento sem ressalvas. …Destaque-se, ainda, que a CONEPAR tem interesse em apresentar proposta substancialmente superior ao valor mínimo estabelecido.Entretanto, tal intento encontra óbice na desarrazoada exigência de apresentação de carta de crédito incondicionada de instituição financeira …”, afirma a empresa, uma das três concorrentes no leilão. “Desta forma, elimina-la do processo de alienação, implicará graves prejuízos à competitividade e à lisura do procedimento”, dizem. “… a manutenção da decisão (da Justiça de Ipojuca) ora combatida, poderá implicar na impossibilidade de participação da CONEPAR no leilão da UPI-B e, consequentemente na frustação no alcance do melhor resultado para a Recuperanda e seus credores” “A inobservância do justo pedido da CONEPAR teria o condão de garantir vantagem para a APM TERMINALS B.V, ao desclassificar um sério concorrente que deverá elevar o valor mínimo definido por ela APM TERMINALS B.V para a UPI-B Cais Sul”.

A exemplo do que fez o Tecon Suape, a Cone reclama da “disparidade” provocada pela definição dela APM TERMINALS B.V como Stalking Horse".

A Cone apresenta-se no processo como uma gestora de ativos reais, controladora da Cone S/A e Convida Participações S/A. “Nos últimos 12 anos atraiu mais de 100 empresas para o território estratégico de Suape, gerando mais de 6.000 empregos através do desenvolvimento de ativos logísticos e industriais através de um novo conceito de Condomínio de Negócios, com soluções embarcadas em infraestrutura de alto padrão e extrema eficiência para os seus operadores.

Assim, não há que se questionar sua capacidade econômico-financeira”.