Sem alarde, o Estaleiro Atlântico Sul, de Suape, entrou na Justiça do Estado, nesta segunda-feira, com um embargo, para tentar derrubar a suspensão do leilão de áreas internas que estava sendo organizado pela Justiça de Ipojuca.
O pedido de suspensão foi apresentado pelo Tecon Suape, na semana passada, alegando que um dos concorrentes estava sendo beneficiado pelas regras do leilão.
O magistrado Bartolomeu Bueno, em decisão liminar, suspendeu o leilão na véspera de sua realização, concedendo um prazo de 15 dias para a defesa. “Temos um direito muito bom.
A preparação do leilão foi prececida de todos os requesitos legais.
Não vemos motivos para que perdure a suspensão.
Vamos reverter esta decisão.
Esperamos que a Justiça consiga enxergar o nosso direito”, comentou a direção da empresa, em contato com o blog nesta segunda-feira.
Atraso e riscos para a economia de Suape O comando da empresa acredita que a insegurança jurídica gerada recentemente pode ser prejudicial aos negócios em Suape. “É importante que o leilão ocorra rapidamente.
Se não for concluído, é ruim para nos (EAS), para os credores, para Pernambuco.
Caso se alongue (a retomada) podemos correr risco de perdas.
A insegurança jurídica acaba criando uma situação de temor (aos investidores).
Por isto, esperamos a solução do caso”, informou a principal executiva da empresa, Nicole Mattar Haddad.
Tecon Suape, da filipina ICTSI, não quer a concorrência da maior empresa de navegação do mundo - DIVULGAÇÃO Críticas ao Tecon Suape Mesmo com diplomacia, a empresa não deixou de criticar a iniciativa do Tecon Suape, comentando que os filipinos argumentaram na Justiça que o sistema de preferência dado à Maersk seria injusto, mas o grupo usou o mesmo sistema legal para arrematar um terminal no Rio de Janeiro.
Maior empresa de navegação do mundo planeja arrematar terminal de conteineres em Suape Maior empresa de navegação do mundo revela planos para atuar em Suape “O estaleiro não faria isto, eu jamais faria isto”, disse a executiva. “Não faço juízo de valor, mas é contraditório, eles usaram a ferramenta e depois passam a questioná-la, não seria esperado”.
Novos negócios “A área do terminal portuário trará desenvolvimento econômico e novas rotas de navegação.
Nós estamos cumprindo à risca o plano de recuperação, com reparos e novos negócios.
A venda das áreas é importante para o pagamento dos credores e também para manter o papel social dele, de gerar empregos.
A demanda não prevê o uso de toda a área, para a produção naval” Admissão de novos interessados, só com novo acordo A empresa diz que os fundos americanos não cumpriram requisitos para participar do leilão.
De acordo com a empresa, a lei determina os requisitos para que os concorrentes se habilitem e cumpram esses requisitos. “Para mudar (o leilão), precisamos começar um novo processo”, diz a empresa. “Eles (fundos americanos) não mandaram demonstrativos financeiros, qual é a estrutura financeira da empresa?
Não se sabe nem quem são os reais investidores…
Quem são os investidores?
Quais são as garantias?
Quem não cumprir o que diz a lei não pode ser considerado.
Tem que ser isonômico… só com real interesse”.