Sem alarde, a Justiça do Cabo mandou suspender a votação das contas de Lula Cabral, no Cabo, que seriam apreciadas nesta terça-feira.

Contas de Lula Cabral serão votadas nesta terça-feira na Câmara Municipal do Cabo A principal alegação apresentada foi a mudança da forma de participação na votação, de presencial para híbrida, o que alegou-se poderia prejudicar o direito de defesa do ex-prefeito, candidato a deputado estadual.

Na defesa, Lula Cabral informou que o prefeito Keko do Armazém, antigo aliado e hoje adversário, pegou uma penca de vereadores e levou para Alagoas, de modo que votassem em sua presença. “O prefeito Keko do Armazém e o presidente Ricardinho abandonaram a cidade e foram para Maceió-AL, levando 16 vereadores para obrigá-los a votar na frente do prefeito Keko do Armazém”, afira o aliado. “Numa medida casuística o presidente da Câmara Ricardinho (MDB) alterou o Regimento Interno da Câmara para fazer a Votação no Sistema Híbrido (on line e/ou presencial).

Essa medida serviu para intensificar as pressões e ameaças aos vereadores para votar contra o parecer do Tribunal de Contas, que recomenda a aprovação das contas do ex prefeito Lula Cabral”, afirma o aliado Paulo Farias.

O principal entusiasta da cassação do ex-prefeito, Professor Arimateia, do PT, é candidato a deputado estadual também nestas eleições e já disse que quer Lula Cabral fora do jogo político. “O estranho é que essas contas de Lula Cabral, do exercício de 2016, tem parecer do TCE-PE recomendando que a Câmara Municipal aprove.

Porém, há, na Câmara do Cabo, as contas do ex-prefeito Vado da Farmácia de 2015, que tem Parecer do TCE-PE recomendando a reprovação e ainda não foi a julgamento”. “Porque não se respeita a cronologia?

Porque querer reprovar as contas que o TCE-PE recomenda a aprovação e a omissão quanto às contas de Vado da Farmácia, que o TCE-PE pede a reprovação?

Eu explico: Vado da Farmácia é aliado de Keko e detêm duas secretarias no Governo (esportes e Programas Sociais)”, ataca o aliado de Lula Cabral.

A confusão já foi parar no TJPE.

Com a suspensão, o legislativo municipal entrou com um embargo no Tribunal de Justiça do Estado pedindo uma liminar para realizar a votação das contas.

A decisão não é conhecida ainda.