Os aliados do candidato a governador Miguel Coelho, do União Brasil, contam que esperam reação positiva nas pesquisas com a chegada do guia eleitoral.

O modelo seria Eduardo Campos, em 2006.

A propaganda na TV começa em agosto.

Com o maior fundo eleitoral, do União Brasil, o candidato já montou uma força tarefa para a campanha nesta área de comunicação.

Luciano Bivar enfim dá aval à candidatura de Miguel Coelho, em visita à Petrolina Após almoço com Bivar, Miguel Coelho leva Rodrigo Pinheiro ao palco do São João “Nós esperamos que ele desponte quando chegar à TV, com o guia eleitoral”, afirmam os aliados. “Com Eduardo Campos foi assim.

Ele encantou quando foi apresentado na televisão” Nesta estratégia, curiosamente, os Coelhos pretendem contar com a ajuda da também oposicionista Marília Arraes.

De forma voluntária ou não, o desejo é tê-la como uma espécie de Humberto Costa em 2006, então candidato pelo PT ao governo do Estado.

Naquele ano, o petista entrou em uma rinha sem fim com Mendonça Filho, que disputava o cargo no governo do Estado, abrindo espaço para que Eduardo Campos passasse ao largo das polêmicas e vencesse a disputa na reta final.

Discurso pronto No que toca ao que dizer na TV, já está definido na estratégia que o candidato vai tentar fugir da polarização Lula e Bolsonaro.

Na campanha já posta este ano, reina a estratégia do andor, com a defesa do nome de padrinhos nacionais, seja Lula ou Bolsonaro.

Raquel Lyra é a única que destoa, aparentemente se aproximando de Simone Tebet, do MDB, pela terceira via. “Temos que afirmar os dois lados.

Com isto, abre-se espaço para que a escolha do candidato a governador não seja emparedada.

Ele vai ser o governador de todos”.

Miguel já trabalhou com este discurso na apresentação do programa de governo.

Nesta movimentação, os aliados de Miguel Coelho apostam em uma composição com Raquel Lyra. “A vantagem do governo (Danilo Cabral) vai ser na margem de erro.

Será preciso sangue frio.

Se tiver composição, ela iria para o Senado, afinal tem o dobro das intenções de voto de André de Paula, (do PSD, candidato da chapa de Marília Arraes ao Senado)”, explicam.

Por ironia, Anderson Ferreira, candidato do PL de Bolsonaro, será importante para as oposições. “A eleição deste ano vai ser decidida na Região Metropolitana do Recife”.