O presidente Bolsonaro usou a live semanal, realizada nesta quinta-feira na cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, para comentar o caso do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, preso nesta quarta-feira, em São Paulo, por suposta corrupção.

Bolsonaro disse que a Polícia Federal está investigando o caso a pedido do próprio ex-ministro Milton Ribeiro, depois de um levantamento da Controladoria Geral da União (CGU).

Com visita de Bolsonaro a Caruaru, Pátio do Forró é modificado!

Com grades de proteção Após motociata-relâmpago em Caruaru, Bolsonaro vai para hotel gravar imagens com aliados ‘No passado recente, falei que botaria cara no fogo pelo Milton Ribeiro e exagerei.

Boto a mão’, iniciou Bolsonaro, já no trecho final da live semanal. “(Encontros no Palácio e projetos no MEC) Era para dar um moral para o pastor… a imprensa pega… investiguem ai melhor.

A PF levou em conta o trabalho da CGU.

O processo está em segredo de Justiça”, afirmou, para um público que chegou a cerca de 18 mil pessoas no You Tube. “Não foi corrupção como em governos anteriores.

Foi história de fazer tráfico de influência”, justificou “Não resta dúvida que é constrangedor, ninguém quer isto, a polícia na porta da sua casa.

Fiquei chateado.

A imprensa quer colar em mim a imagem de corrupto”, disse.

Na mesma fala, Bolsonaro criticou o juiz da primeira instância da Justiça de São Paulo que mandou prender o ex-ministro da Educação. “O juiz é o mesmo que no ano passado deu uma sentença mandando me multar por andar sem máscara, mesmo sem comprovação (que evitasse a propagação da covid).

Ele tem também uma decisão contra o presidente da Fundação Palmares.

Não é competência deles” “O MP em Brasília foi contra, não havia indícios de prova.

Porque não pode ter R$ 50 mil, R$ 100 mil na tua conta?

Teve a compra de um carro lá, não havia materialidade alguma (para pedir a prisão).

Eles querem desgastar o governo, fazer mal a família do Milton.

Não podemos ser levianos contra ele.” “Milton Ribeiro nem devia ter sido preso, é maldade, acho que ia ser solto depois das eleições.

Se aparecer algo, que ele (Milton Ribeiro) responda” Caindo no forró, em Caruaru Na fala, o presidente confirmou que por volta das 20h30 vai ao pátio de eventos Luiz Lua Gonzag, na noite desta quinta-feira (23).

No vídeo, Bolsonaro apareceu ao lado do ministro do Turismo, Carlos Alberto Gomes de Brito, de Caruaru.

Bolsonaro disse que Machado iria se eleger Senador e assim não voltaria a ser ministro do Turismo.

Depois do turismo, o presidente chamou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, quando voltou a criticar a Petrobras e o governo Dilma, com “inflação da corrupção”.

Ele disse que o governo dele é melhor porque teve pandemia e resistiu.

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, também participou da live ao comentar a anistia no Fies, com a dívida de um milhão de jovens com o endividamento no cadastro.

Bolsonaro criticou a grande quantidade de universidades no governo Lula. “Vamos libertar essa garotada do SPC”, disse.

A movimentação para chegada do presidente começou ainda na manhã desta quinta-feira (23), em Caruaru.

Motociata de Bolsonaro na cidade de Caruaru, no dia 23 de junho - GUGA MATOS/JC IMAGEM O principal articulador da presença do presidente Jair Bolsonaro no São João de Caruaru foi Gilson Machado Neto, que chegou cedo à Capital do Forró. “É histórica a presença de um presidente da nação, na cidade com o maior e melhor São João do mundo, no dia de maior movimentação do mês de junho, contemplando a valorização do festejo e comemorando a grande movimentação econômica gerada pela festa.

Além de tudo isso, ainda existe a satisfação de ver o presidente, celebrando em Caruaru, o primeiro São João onde o forró está considerado como patrimônio cultural e imaterial pelo IPHAN”, comemorou o ex-ministro, que fez parte do processo de reconhecimento.