Por Rodrigo Ambrosio, líder do Livres, em artigo enviado ao blog de Jamildo O Brasil vive tempos difíceis.
A pandemia afetou o país de várias maneiras, e o impacto econômico da crise foi profundo e abrangente.
Com a economia em recessão e o desemprego em alta, muitos brasileiros estão lutando para sobreviver.
Infelizmente, o futuro é cada dia mais incerto.
O Brasil enfrenta uma série de desafios econômicos e políticos, e há muitas razões para acreditar que a situação pode se deteriorar ainda mais nos próximos anos. É nesse cenário de incerteza, com a economia fraca e a população descontente, que movimentos políticos radicais aproveitam para ameaçar o Estado de Direito.
Muitos de vocês já ouviram o presidente Jair Bolsonaro falar contra a democracia.
A cada pesquisa que demonstra sua eventual derrota nas urnas, seus comentários se tornam mais inquietantes.
O discurso de que o sistema pode “manipular o resultado das eleições” atende somente aqueles que querem a manutenção de seu governo, desestabilizando a confiança do povo nas urnas e nas eleições.
Mas isso tem grandes consequências para ele e seus aliados!
Se Bolsonaro atacar as eleições após perder no primeiro turno, estará atacando toda a esfera política nacional.
Serão 513 deputados federais, 1/3 do Senado Federal, 27 governadores eleitos e centenas de deputados estaduais tendo suas eleições contestadas de uma só vez, algo sem precedentes na história das democracias modernas.
Bolsonaro sabe que não terá apoio do centrão nesse cenário e sabe que fazer isso no primeiro turno é declarar guerra contra toda a classe política. É por isso que ele precisa do segundo turno nas eleições presidenciais, para poder segregar seu discurso golpista alegando uma fraude específica.
Algo que ele já faz à respeito das eleições de 2018, onde alega, sem nenhuma prova, ter vencido no primeiro turno contra Haddad, sem contaminar a legitimidade de sua eleição.
As loucuras de Bolsonaro são calculadas e têm método.
O bolsonarismo é craque no jogo de narrativas e demonstra isso desde 2014.
Por isso, é importante analisar todo o contexto e ficar atento às suas ações que, hoje, apontam para a ruptura social e democrática.