Nas redes sociais, nesta segunda, a deputada estadual Priscila Krause (Cidadania) publicou vídeo apontando a execução orçamentária da Prefeitura do Recife, de 2013 a 2022, na ação Urbanização das Áreas de Risco: de acordo com a parlamentar, a dotação orçamentária total disponível para as obras soma nesse período de dez anos R$ 981 milhões, mas foram efetivamente executados (gastos) R$ 165 milhões, que representam 17% do disponibilizado nos orçamentos.
Vereador aliado de João Campos acusa Bolsonaro de barrar verbas para os morros “Os dados também apontam que nesse mesmo período a ação recebeu apenas 0,38% de toda a despesa utilizada pela administração municipal (R$ 42,1 bilhões)”, afirma. “Estamos priorizando a rede de solidariedade, buscando ajudar as famílias vitimadas por essas chuvas, mas não podemos deixar de alertar que a situação no Recife tem vinculação direta com o enfraquecimento das políticas estruturadoras nos morros.
Enquanto a própria Prefeitura reservou em seus orçamentos um bilhão de reais em dez anos para obras nos morros, os gastos efetivamente realizados não chegaram a vinte por cento disso.
Enquanto isso, outras ações menos estruturadoras, como o recapeamento asfáltico, por exemplo, recebeu investimentos nesse mesmo período de quatrocentos e sessenta e cinco milhões, enquanto havia dotação de trezentos e setenta, ou seja, superou em cem milhões o previsto”, afirmou. “O retrato da execução orçamentária da Prefeitura do Recife nos últimos dez anos com a ação Urbanização das Áreas de Risco, no âmbito da subfunção Infraestrutura Urbana, retrata a descontinuidade das ações estruturais da capital pernambucano com ações de prevenção nos morros.
Para se ter uma ideia, a atual gestão, iniciada em 2021, gastou mais com recapeamento asfáltico (R$ 84,1 milhões) ou com ações de comunicação (R$ 71,9 milhões) do que em obras de urbanização das nas áreas de morros (R$ 55,1 milhões).
Evidente que houve um volume de chuva muito grande, mas a gestão pública sabe que o período de abril a agosto é bastante chuvoso e mesmo assim não houve prioridade nessas ações”, relata.