A mais recente eleitoral pesquisa BTG/Pactual inseriu algumas questões específicas para medir a volatilidade do voto para presidente da República.

Um deles foi a defesa do projeto de lei que prevê a redução da maioridade penal para 16 anos.

A questão era para saber se o tema aumentaria, seria indiferente ou diminuiria a chance de voto em um candidato a presidente.

De acordo com os resultados divulgados nesta segunda-feira, em São Paulo, defender encarceramento mais cedo ajuda a ganhar votos entre o eleitorado nacional. 62% afirmaram que aumentaria a chance de votar no candidato.

Outros 17% afirmou que diminuiria e 18 se mostrou indiferente.

Curiosamente, o segundo tema que mais despertou atenção foi justamente oposto, com aposta na distribuição de renda. 61% afirmou que mudaria o voto em candidatos que defendessem programas sociais de distribuição de renda.

Outros 12% diminuiria a intenção de voto e 24% ficaram indiferentes.

Voto de Ciro é o mais flexível No meio do levantamento, os entrevistados são questionados sobre a possibilidade de mudar de voto.

O candidato do PDT, Ciro Gomes, terceiro colocado na pontuação, é o pretendente que tem a maior taxa de votos voláteis.

Ciro Gomes vai ter que acelerar - PDT NACIONAL/DIVULGAÇÃO No caso de Lula e Bolsonaro, apenas 20% dos respondentes afirmam que podem mudar o voto, ainda. 80% em ambos os casos afirmam que não mudam mais.

No caso de Ciro Gomes, esta taxa chega a 55% dos entrevistados.

Sem terceira via A terceira rodada da pesquisa BTG/FSB mostrou que, com a saída do tucano João Doria, a chamada 3ª via encolheu de 17% para 13% do eleitorado, repetindo o mesmo comportamento ocorrido quando Sérgio Moro deixou a disputa e a soma dos demais candidatos havia recuado de 24% para 17%, em abril.

Assim como a intenção de voto, a avaliação do governo “Ao contrário do que muitos imaginavam, a desistência de nomes da chamada 3ª via tem reforçado a polarização entre Lula e Bolsonaro.

Quando Moro saiu, Bolsonaro cresceu.

Agora, com a saída de Doria, foi a vez de Lula ganhar terreno”, diz Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa. “46% dos eleitores votariam em Lula no 1º turno, o melhor desempenho do petista até aqui”, acrescenta o pesquisador.

Após a saída de João Doria (PSDB) da disputa, o presidente Jair Bolsonaro manteve sua votação estimulada estável em 32%, mas viu seu principal adversário, o ex-presidente Lula, crescer de 41% para 46% das intenções de voto no 1º turno.

Bolsonaro ficou estável: 29% de ótimo/bom, 20% de regular e 50% de ruim/péssimo.

A taxa de aprovação do presidente também ficou estável, em 35% de aprova e 60% de desaprova.

A pesquisa traz ainda dados sobre o comportamento do eleitor em relação à importância de fatores que podem influenciar o voto (como debates, horário eleitoral, noticiário etc.) e expectativas sobre a inflação.

O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 27 e 29 de maio.

A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-03196/2022.