Na semana passada, o Blog informou, sempre com exclusividade, que, seis anos depois do governador Paulo Câmara (PSB) romper a PPP da Arena de Pernambuco, o Governo do Estado estava tendo que custear até as lâmpadas para o estádio.
A lembrança de que a Arena há seis anos é administrada e custeada pelo Estado repercutiu nas redes sociais.
Pois bem.
Nessa linha, o blog agora recebe informe reservado do custo da conta de energia mensal da Arena, pagos também com recursos do Governo do Estado.
A última fatura da conta de luz da Arena, paga pelo Governo do Estado em 2 de maio, alcançou o valor de R$ 173 mil no mês.
O valor foi pago para a Celpe.
LEIA O PUBLICADO PELO BLOG NA SEMANA PASSADA Há mais de seis anos, em março de 2016, o governador Paulo Câmara (PSB) rompeu o contrato com a construtora Odebrecht sobre a concessão da Arena de Pernambuco, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife.
Na época, diretamente de Brasília, o governador enviou uma nota oficial comunicando aos jornais do Estado o rompimento do contrato.
Na nota, Paulo Câmara garantiu que não faria mais nenhum pagamento pela Arena enquanto o TCE não julgasse o contrato.
Outra questão comunicada na nota de 2016 era que o Estado ia abrir uma concorrência internacional para passar a gestão da Arena à iniciativa privada.
O prazo prometido, em falas de assessores e secretários na época, era de “seis meses” inicialmente.
A Arena de Pernambuco foi construída inicialmente para sediar a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014, que ocorreram no Brasil.
Além do estádio pernambucano, outras 11 praças esportivas foram sedes dos campeonatos mundiais de seleções.
Em 2018, o Governo do Estado disse, em nota oficial, que até o final de 2018 a licitação estaria “concluída”, o que não ocorreu.
O Governo do Estado, em 2018, afirmou que existiam várias empresas internacionais interessadas na privatização da Arena.
No mês de março de 2020, fontes afirmaram ao Blog que não havia perspectiva alguma para a Arena voltar à gestão privada, mediante a concorrência prometida pelo governador na nota.
Com a pandemia da covid-19, tampouco o assunto veio à tona.
A Arena, atualmente, está sob a gestão da Empetur, estatal vinculada à Secretária de Turismo de Pernambuco.
Para gerir a Arena, Paulo Câmara criou, em 2016, 26 novos cargos em comissão.
Os cargos não precisam ser preenchidos por concurso.
A soma das remunerações alcançava R$ 131 mil por mês, na época.
O governador justificou a criação dos postos dizendo que seriam transitórios, até que o Estado concluísse uma licitação para repassar a Arena Pernambuco.
Apesar dos esforços da Empetur em utilizar a Arena em fins de semana, o empreendimento tinha poucos eventos até antes da pandemia da covid-19.
Os três principais clubes de futebol, Sport, Santa Cruz e Náutico, não utilizam o estádio, como sede.
O deslocamento para a Arena é considerado um dos principais entraves a torcedores e a públicos de eventos.
O Metrô não tem ligação direta com o estádio, é preciso pegar um ônibus após sair dos trens e ir até o estádio.
De carro. a distância da área central do Recife é visto como outro fator adverso.