Foi pensando em ajudar às vítimas de roubos no PIX e evitar novas fraudes que a startup local Laboratório Hacker criou o PixCheck, ferramenta, na qual, através do endereço https://pixcheck.com.br/, as pessoas podem registrar a chave utilizada na transação que originou o golpe.

De acordo com os criadores, a ideia é alimentar um banco de dados com essas informações para que a população e as instituições possam checá-las, diminuindo os riscos do processo de transferência de dinheiro através do PIX.

As denúncias reportadas na plataforma também serão alertadas nas redes sociais, como o Twitter, através do @pixcheck, e no instagram pelo perfil @pixcheckoficial. “Alguns anos atrás trabalhamos em um projeto que utilizava um modelo conhecido como Crowdsourcing.

Uma espécie de terceirização coletiva.

Um modelo de produção onde conhecimentos coletivos em que voluntários são usados para solucionar problemas do dia a dia”, disse o sócio especialista em Segurança Digital, do Laboratório Hacker, Julio Silveira. “Nossa ideia é fazer o mesmo com o PixCheck.

Contar com a colaboração da população e das instituições financeiras para que os golpes sejam evitados”, disse o sócio Designer da startup, Pedro Borges.

A plataforma já está no ar e o acesso é gratuito.

Quem sofreu golpe ou conhece alguém que tenha sido vítima pode denunciar a chave PIX usada na fraude ou fazer o rastreamento, além de prestar uma queixa formal na delegacia especializada em crimes cibernéticos para que haja uma investigação policial.

O sistema já está disponível para todo o Brasil no endereço https://pixcheck.com.br/ Perdas em todo Brasil Lançado no Brasil há pouco mais de um ano, o uso do PIX se popularizou e já é parte da vida de uma boa parcela da população.

Estima-se que mais de 60% dos brasileiros já façam uso do sistema.

Segundo dados do Banco Central, de novembro de 2020 a outubro de 2021, foram realizadas sete bilhões de transações, e a tendência é que o número não pare de crescer.

Pessoas físicas e empresas são beneficiadas com as facilidades das transações e já incorporaram o hábito ao seu dia a dia.

Mas, junto a esse sucesso também vieram algumas dores de cabeça.

Tem se tornado cada vez mais comum as ocorrências de brasileiros que caem no golpe do PIX.

Em 2021, o número de golpes usando o sistema mais que dobrou, de acordo com o levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Os tipos aplicados são diversos e muitas vezes envolvem uso do Whatsapp e das redes sociais, como o Instagram, por exemplo.

Os criminosos entram em contato com a vítima se fazendo passar por outras pessoas e solicitam transferências bancárias instantâneas utilizando o PIX.

Concretizado o golpe, é necessário que se faça boletim de ocorrência para a investigação criminal ser iniciada e, assim, a conta do golpista ser bloqueada.

Esse processo, no entanto, pode ser lento e o golpista fica livre para utilizar a chave PIX em outros crimes.