De acordo com fontes extra-oficiais do blog de Jamildo, quando foi informado da decisão do PSB em aceitar a indicação da deputada federal Marília Arraes para a vaga de Senado, na chapa da Frente Popular, o senador Humberto Costa teria pedido que o PSB vetasse o nome de Marília.
ATUALIZAÇÃO: O senador Humberto Costa, do PT, disse ao blog, nesta segunda-feira, que jamais pediu ao PSB para vetar o nome da deputada federal Marília Arraes para a indicação ao Senado, na Frente Popular. “Posso ter todos os defeitos, mas jamais faria isto.
Não vetaria o nome de quem quer que seja”, afirmou. “Primeiro, porque o PSB jamais aceitaria dizer o que ele fazer.
Depois, o PT jamais decidiu as coisas assim também”.
Exclusivo: Marília Arraes dobra PSB, fica no PT e será candidata ao Senado na chapa de Danilo Cabral ‘PSB não tem dificuldade em ter Marília Arraes candidata ao Senado’, diz cacique da aliança “Como sabia do tamanho da derrota pessoal, Costa ficou desesperado e está hoje arrasado com a evolução”, afirma a fonte do blog.
Costa defendia o nome do deputado federal Carlos Veras, ex-presidente da CUT em Pernambuco e ligado a corrente de Humberto Costa.
Não se sabe se o senador participou da reunião de cúpula do PT e PSB que discutiram o caso Marília Arraes, em Brasília, neste final de semana, menos de uma semana depois de o Blog de Jamildo ter revelado sua disposição de abandonar o PT e ir para o solidariedade.
No PT, sempre um celeiro de brigas internas, também houve quem saísse em defesa de Costa. “A cobra está criada.
Vocês vão ver o que ela será capaz de fazer (com oito anos no Senado, e direito a três suplentes”.
Com a palavra, o senador petista.
Na sexta-feira, o repórter Victor Augusto, deste blog, falou com o senador e ele disse que torcia que ela ficasse.
De acordo com o senador Humberto Costa, o ex-presidente Lula já teria tentado entrar em contato com a parlamentar.
Em entrevista à coluna, o senador destacou a importância de Marília Arraes no PT, citando sua importância eleitoral e o respaldo social.
Para Humberto Costa, uma das lideranças do partido em Pernambuco, a deputada federal não tem motivos para deixar o partido.
O senador citou o acolhimento do PT quando a parlamentar decidiu sair do PSB, em 2014, o apoio político e material oferecido à sua campanha para a Câmara dos Deputados em 2018, quando não saiu candidata ao Governo por causa da aliança com o PSB, e a organização da sua campanha pela Prefeitura do Recife em 2020.
No PT, porém, aliados de Marília Arraes consideram que ela não tem para onde crescer no partido.
Por disputas internas e uma rejeição do PSB, suas chances de ser candidata ao Senado são baixas.
Humberto Costa discorda e garante que o partido está analisando também o seu nome.
Ele cita, por outro lado, a chance de os petistas decidirem um nome e a Frente Popular negar.
O PSB recuou, diante do estrago, mas não se sabe se ela vai aceitar.
Marília não se pronunciou.
De acordo com Humberto Costa, o ex-presidente Lula, líder nas pesquisas de intenção de voto, já teria telefonado para Marília Arraes, visando mantê-la no PT.
Como a coluna adiantou, mesmo deixando a legenda, a possível candidata ao Senado vai continuar pedindo votos ao pré-candidato petista.
Nos bastidores, enxerga-se um apoio de Humberto a Carlos Veras (PT-PE) a candidatura do deputado federal ao Senado.
Além do parlamentar, concorre à vaga Teresa Leitão, deputada estadual.
Os bastidores do PT indicam, vale lembrar, uma rixa entre Humberto Costa e Marília Arraes.
Na disputa interna, até o momento o parlamentar era visto como favorito para ser indicado do PT ao Senado pela Frente Popular.
Uma questão, porém, se impõe: de acordo com a pesquisa Simplex, Marília Arraes começa a corrida eleitoral com 14% da intenção de voto, enquanto Veras não marca 1%.Perspectiva do PT sem Marília Arraes, sua “puxadora” de votos Ativo eleitoral Na eleição de 2018, Marília Arraes teve 193 mil votos.
Ela foi a segunda deputada federal mais votada de Pernambuco, perdendo apenas para João Campos (PSB).
Sem o prefeito do Recife na majoritária, e após ferrenha campanha pela pelo executivo municipal em 2020, esperava-se boa performance da parlamentar em 2022.
Com sua saída, o PT perderia um bom ativo eleitoral para a disputa proporcional.
De acordo com Humberto, o partido já estaria procurando alternativas antes mesmo da possibilidade de a deputada deixar o partido se aproximar, visto que ela poderia disputar o Senado.
Até o momento, nenhum nome surge como possível aposta do partido para fazer a chamada “cauda” na eleição para a Câmara Alta.
O PT vai apostar na força do número 13 no estado, no chamado “voto de legenda”, e na presença ainda mais forte da imagem de Lula no apoio aos candidatos.