Alinhado com o sindicalismo da Petrobras, o ex-presidente Lula criticou Bolsonaro usando a questão da importação de insumos agrícolas.

PoderData: Lula tem 40% e Bolsonaro 32%.

Ciro tem 7% e Moro, 6% STF suspendeu última ação penal contra Lula.

Foi a 24ª vitória do petista “O desmonte da Petrobras promovido pelo governo Bolsonaro afeta a vida dos brasileiros em muitas esferas diferentes: desde o preço (dolarizado) da gasolina até a total dependência de fertilizantes importados (principalmente da Rússia) impactam diretamente nos preços dos alimentos e na volta da fome no país.

A Petrobras fechou, no começo deste mês de fevereiro a venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), que ficava em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, ao grupo russo Acron.

A venda da fábrica foi um dos assuntos tratados por Bolsonaro com Putin, na visita que fez à Rússia na semana em que o país declarou guerra à Ucrânia (mais um desastre cometido por Bolsonaro em termos de política internacional)”, critica Lula, em mensagens pelas redes sociais.

Na avaliação dos sindicatos, a operação foi prejudicial ao Brasil, especialmente neste momento de guerra e de sanções comerciais. “Hoje, cerca de um quarto dos produtos importados pelo Brasil vem da Rússia.

Em 2021, foram mais de 41 toneladas, num total de 15 bilhões dólares e US$ 3,5 bilhões gastos no mercado russo.

Com a venda da unidade, ficaremos ainda mais dependentes do mercado internacional.

A Petrobras investiu cerca de R$ 3 bilhões na construção da unidade vendida, que tem 81% das estruturas finalizadas.

Essa privatização representa perdas para a agricultura e desenvolvimento nacional e para os consumidores finais.

Uma das consequências, além do aumento da dependência do mercado russo, será o encarecimento dos fertilizantes no mercado brasileiro, afetando diretamente pequenos agricultores e consumidores.

Isso pode gerar impacto negativo, inclusive, nos alimentos, que já estão com preços nas alturas por causa da inflação galopante sustentada por Paulo Guedes”, diz a FUP.

Critica pelas redes, com foco na Russia - Internet Bolsonaro fechou fábricas de adubo e tornou Brasil dependente O Brasil importa mais de 80% dos fertilizantes utilizados na produção agrícola.

No caso dos insumos com potássio, o percentual chega a 96%. “A dependência dos importados aumentou a partir da política de “desinvestimentos” adotada pela Petrobras ainda sob Michel Temer, e foi acelerada por Jair Bolsonaro.

Vulnerabilizado, o Brasil gastou com importações de adubos e fertilizantes químicos em 2021 praticamente o dobro do ano anterior.

Para a Federação Única de Petroleiros (FUP), esse desequilíbrio tem uma explicação: o fechamento das fábricas de fertilizantes da Petrobras pelo desgoverno Bolsonaro”. “Ele fechou a Fafen (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados) no Paraná, não concluiu a fábrica do Mato Grosso do Sul e paralisou atividades em outras duas fábricas, uma em Sergipe e outra na Bahia, para depois arrendá-las”, acusou o petroquímico Gerson Castellano, diretor de Relações Internacionais e Setor Privado da FUP, no Portal da CUT. “Em fevereiro de 2020, numa canetada, Bolsonaro fechou a Fafen, unidade responsável pela produção de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia e 65% do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32).

O fim das atividades jogou mais de mil trabalhadores na rua.

Agora, a Petrobras tenta vender as instalações da fábrica.

Bolsonaro comemorou a venda da UFN 3, mas os compradores russos têm mais razões para festejar”.

Marcelo Mello, diretor de fertilizantes da StoneX, diz que a UFN3 é a “joia da coroa” da Petrobras, pela alta capacidade de produção. “É uma tecnologia nova.

Para fazer amônia tem que estar muito perto da matéria-prima, que é o gás natural.

E ela está em cima do gasoduto Brasil-Bolívia, o que significa zero frete“, explicou no Poder360. “A gente já alertava sobre isso lá atrás.

Em 2020, quando Bolsonaro fechou a Fafen, alertamos que a falta de estratégia do governo colocaria o país em uma situação de dependência total dos insumos”, apontou Castellano.

O dirigente da FUP lembrou que, mesmo com as fábricas em funcionamento, o Brasil ainda importava 50% dos fertilizantes usados no campo.

O fato deveria justificar a abertura de mais fábricas – afinal, o país é o segundo maior exportador de alimentos do mundo – e não o fechamento das existentes. “Estamos ficando dependentes de outros derivados também”, alertou Castellano. “Bolsonaro não tem nenhuma condição de assumir um governo.

Eles estão perdidos e não têm planejamento estratégico, seja para fertilizantes, seja para o refino de outros derivados, seja para qualquer coisa.

Eles não sabem o que estão fazendo no comando do país.”