Na semana passada, um movimento dos candidatos a senador pelo PT de Pernambuco passou desapercebido.

O deputado federal Carlo Veras, um dos nomes na disputa, esteve durante toda a quinta-feira em Gravatá, discutindo a eleição estadual com o pessoal da Federação dos Agricultores de Pernambuco (Fetape).

Depois, na sexta-feira, Carlos Veras, sem alarde, foi despachar com o governador Paulo Câmara.

A Fetape é uma das associadas mais fortes junto à Contag, a confederação nacional das entidades do setor.

Com grande prestígio junto a Lula, a ponto de os petistas afirmarem que um eventual governo federal dificilmente desagradaria a Contag.

Por coincidência, ela é presidida por Aristides Santos, irmão de Carlos Veras.

Santos é agricultor desde sempre.

O irmão Carlos Veras foi parar na presidência da CUT local, antes de virar deputado federal pelas mãos de Humberto Costa.

O que se comenta nos bastidores é que a Fetape e a Contag podem ter um papel decisivo no equilíbrio de forças, arbitrando um consenso.

Numa das teses, a Fetape diria que a vaga do Senado não interessa e o que os agricutores queriam era acesso direto no Estado, com uma vice da legenda.

A escolha recaindo sobre a deputada estadual Teresa Leitão ela deixaria a disputa federal e abriria a possibilidade de acesso de outros nomes.

A conta seria, dois federais em vez de um senador.

Com a composição, Carlos Veras abriria mão da disputa ao Senado, mas teria as melhores chances de renovar o mandato por mais quatro anos. “Humberto Costa quer uma escadinha.

Ele sobe Carlos Veras para o Senado, depois sobe Doriel Barros para o lugar de Carlos Veras e, por fim, um assessor para o posto de Doriel Barros (deputado estadual), mas é possível que a Contag e a Fetape estejam interessadas em outyros arranjos (eleitorais)”, afirma um petista local.

A conferir.