Na live semanal desta quinta-feira, o presidente Bolsonaro disse que o ministro do Turismo, Gilson Machado, vai deixar o governo em abril e deve disputar o Senado, após o desembarque do governo Federal.

Bolsonaro tem defendido que precisa reformar o Senado, com mais aliados, em um eventual segundo governo.

Gilson Machado desde o ano passado dizia que estava preparado para qualquer missão que o presidente lhe desse.

Nesta semana, ele esteve acompanhando o presidente em seu périplo pelo Nordeste, para ligar sua imagem à transposição.

Em Pernambuco, Gilson Machado aproveitou o evento em Salgueiro e fez críticas ao governo do Estado.

Gilson Machado Neto comemora acordo para Transnordestina em Suape Eduardo Bolsonaro levanta nome de Gilson Machado após forró se tornar patrimônio cultural Gilson Machado participa de evento no Recife em torno do frevo e ciranda como patrimônios Culturais Gilson Machado fala sobre possível candidatura e descasca Raquel, Anderson e Miguel Ministros vão à Bahia ver estragos das chuvas.

Gilson Machado repele críticas a Bolsonaro Bolsonaro reforça nome de Gilson Machado para disputar eleição em Pernambuco Gilson Machado participa de assinatura de contratos do BNB para revitalizar centro histórico do Recife Gilson Machado visita Fiepe e busca semana de protagonismo, com investimentos federais Na Fiepe, Gilson Machado conversa com setor produtivo, critica PSB e desconversa sobre candidatura Em visita ao Recife, Gilson Machado critica esgoto na bacia do Pina Gilson Machado articula financiamentos de R$ 890 milhões para aeroportos do NE e hotel-marina de Bivar Como o ministro está hoje no PSC, do deputado federal André Ferreira, irmão do prefeito de Jaboatão e candidato Anderson Ferreira, pelo mesmo PL do presidente Bolsonaro, a articulação pode representar uma enquadrada em Anderson.

Gilson poderia ir para o PL sem problemas, com aval nacional.

Caso não aceite uma composição para estar junto em uma chapa a favor de Bolsonaro, Anderson Ferreira pode perder o comando do partido, comandado pelo aliado de Bolsonaro Valdemar Costa Neto.

A pretensão de Anderson Ferreira era sair candidato a senador na chapa de Raquel Lyra, mas a presença de Gilson Machado na disputa divide os votos dos conservadores, em especial os evangélicos.

A menos que saia candidato ao Estado, com apoio de Bolsonaro.

Chegada de Bolsonaro no PL pode atrapalhar vida de Anderson Ferreira e aliança com Raquel Lyra Chegada de Bolsonaro ao PL cria indefinições na campanha de Raquel Lyra e Anderson Ferreira Anderson Ferreira viajou para Brasília para conversar com Valdemar Costa Neto mas não se tem informe do resultado do encontro.

O que se sabe é que a posição dele no PL é frágil, na medida em que o diretório local funciona com uma comissão provisória, que pode ser desfeita a qualquer momento pelo presidente Valdemar Costa Neto.

No entanto, há quem assegure que Costa Neto não tira o partido de Anderson de forma alguma, por lealdade, mas exigiria a composição com Gilson Machado.

Os dois não se dão bem, pessoalmente, mas poderiam tocar o projeto de Bolsonaro, diante do processo de nacionalização da campanha, contra as vontades locais.

O mesmo pode estar acontecendo com o PSB, obrigado a aceitar pedido de Lula para o Senado. “Ele pode ser candidato com Gilson.

Bolsonaro não vai aceitar que o partido dele, o PL, não tenha um candidato em Pernambuco”, conta uma fonte do blog. “Pode sobrar só o PSC para ele (caso não aceite a composição com Gilson Machado no Senado)” diz outro observador das movimentações.

A jogada também obriga Anderson Ferreira, em tese, caso aceite estar ao lado de Gilson Machado, a abandonar o projeto com Raquel Lyra, que tem como presidenciável João Doria, inimigo do peito dos Bolsonaro.

Para a tucana, a definição ajudaria a livrar-se de um aliado identificado com Bolsonaro, cuja rejeição é alta em Pernambuco.

WAR Marília deu jogo de estratégia de presente para o prefeito evangélico Anderson Ferreira durante a campanha no Recife - FOTO: CHICO BEZERRA/PJG Eleições de 202o e apoio a Marília Arraes Interlocutores contam que Bolsonaro não deglutiu até hoje o apoio de Anderson Ferreira a Marília Arraes, do PT, nas eleições de segundo turno no Recife.

Além disto, a aliança com a tucana Raquel Lyra incomoda a direita mais radical, por ela não apoiar Bolsonaro de jeito algum. “A equação que Anderson estava montando era inviável.

Ele quer ser o candidato de Bolsonaro nas igrejas e não ser Bolsonaro ao lado de Raquel?”, diz uma fonte do blog. “Anderson escolheu o lado dele em Salgueiro (não estando ao lado do presidente, nesta semana).

Ele queria ficar ao lado de Raquel, não queria estar ao lado de Gilson Machado e com o grupo da direita, mas não vai ter esta liberdade”, aponta aliados de Gilson Machado, que chegou a pedir o comando do PL no Estado a Bolsonaro e Valdemar Costa Neto.

Caso não haja composição com Anderson Ferreira, o pessoal de Gilson Machado quer emplacar Clarissa Tércio como candidata a governadora na chapa.

Havendo acordo, a oposição poderia ter então três chapas, com Raquel, Anderson e Miguel, se não houver desistências até lá.