O ex-presidente Lula não poderia ter sido mais claro na entrevista concedida hoje a Rhaldney Santos, Paula Losada e Filipe Assis, na Rádio Clube, ao falar sobre a vaga do Senado na chapa majoritária da Frente Popular.
Lula cobra o PSB por candidatura petista ao Senado pela Frente Popular Lula aposta na relação com Eduardo Campos e promete reunir todos os governadores ‘Ninguém de juízo desprezará a oportunidade de usar da competência de um Paulo Câmara’, diz Lula Lula despista sobre nova edição do Fome Zero, mas fala em reforma trabalhista “Com o gesto de Humberto Costa de retirar a candidatura a governador, que enalteço e elogio, o PT espera reciprocidade do PSB.
Paulo Câmara vai fazer falta no Senado, mas eu respeito a opção do partido.
PT e PSB vão construir uma chapa com possibilidade de ganhar a eleição em PE, sem perder o respeito aos adversários”, afirmou o presidenciável.
Com a indicação ao Senado garantida para o PT, o desafio do partido é alcançar consenso em torno de um único nome, concordam petistas de diversas correntes.
Ao fazer a saudação inicial aos ouvintes, Lula citou os principais atores envolvidos nessa costura: Humberto Costa, Marília Arraes, Carlos Veras, Teresa Leitão e Doriel Barros, presidente do PT-PE.
O que o ex-presidente não poderia dizer na entrevista foi revelado por fontes do blog.
Quando conversou reservadamente com Teresa, ontem em São Paulo, Lula recomendou a ela que se dedicasse a construir consenso no PT sobre o nome para o Senado, da mesma forma que já tinha pedido a Humberto, dias antes.
O ex-presidente reconheceu que o partido precisa ser apaziguado, mas descartou a possibilidade de intervenção da direção nacional, garantem os petistas ouvidos. “Cuidem do consenso porque a direção nacional não vai se meter.
Gleise (Hoffmann, presidente nacional do PT) já prometeu isso a Humberto.
Eu conto com você nessa tarefa”, disse Lula a Teresa.
Peessebistas destacam a importância do PT na composição da chapa majoritária da Frente Popular, não só pela trajetória do partido como principalmente pela candidatura de Lula, e permanecem na expectativa de que o aliado resolva o que lhe compete resolver.
Até porque, da parte do PSB, o candidato a governador já está definido e aguarda o anúncio do seu nome por Paulo Câmara.
Os outros partidos que integram a aliança também estão na expectativa da escolha petista, admitem os socialistas.
Nesta quarta, o entendimento dos políticos com ou sem mandato é que a entrevista de Lula, hoje, deve acelerar as costuras internas do PT, um partido caracterizado por conflitos internos e reconhecidamente trabalhoso quando se trata de chegar a consensos.
Tem sido assim em outros estados, é assim em Pernambuco.