Antes de viajar a São Paulo, a deputada Teresa Leitão, do PT, postou no Instagram uma foto com um bolo de rolo nas mãos e a legenda: “Indo pra São Paulo e levando um bolo de rolo.

Pra quem será?” Conforme o blog informou neste final de semana, ocorreu nesta terça o compromisso que motivou a viagem, uma reunião do Núcleo de Educação petista, do qual ela é coordenadora setorial nacional.

O encontro tinha tudo pra ser rotineiro até porque estava agendado havia meses.

Só que a presença do ex-presidente na reunião Lula deu outra dimensão ao próprio evento e à presença da deputada, que havia sido apontada como uma opção de vice na chapa do PSB.

O nome de Teresa foi alçado à condição de possível integrante da chapa majoritária da Frente Popular, de início como vice e atualmente como senadora, depois da ênfase que o ex-presidente Lula passou a dar à necessidade de eleger bancadas parlamentares numerosas e confiáveis na Câmara Federal e no Senado.

Segundo, as conversas políticas, além da pauta da educação, fizeram parte do encontro do dia.

Lula conversou em particular com Teresa?

Ainda não se tem a resposta.

Extraoficialmente, o que ouviu foi que Lula disse que a conversa com o PSB se dará em torno de uma vaga para o Senado e que o nome do partido terá que ser de forma consensual, entre as várias alas. “O que sei é que o PT vai mesmo querer a vaga do Senado e que o nome terá que ser de consenso”, afirmam uma fonte do PT, em Pernambuco. “Para a pergunta feita por ela no Instagram, a resposta é fácil como tirar doce da boca de uma criança.

O bolo foi para o ex-presidente; o rolo ela deixou aqui mesmo em Pernambuco, onde tem sido muito trabalhosa a montagem da chapa situacionista.

Talvez seja preciso contar com mãos habilidosas como as que produzem a iguaria pernambucana para dar forma final à composição das candidaturas majoritárias.

De preferência, sem rolo”, afirmam outros interlocutores do processo.

Presidente reuniu aliados em São Paulo para discutir educação e mandou chamar Teresa Leitão - Fundação Perseu Abramo Em formato híbrido, com participação presencial e virtual, o encontro reuniu especialistas e ex-ministros, como Fernando Haddad (Educação) e Sérgio Resende (Ciência e Tecnologia), a presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o presidente da FPA, Aloizio Mercadante, que foi titular das duas pastas no governo Lula e Dilma.

Também participaram do encontro, o ex-governador do Acre, Binho Marques, o secretário de Educação do Piauí, Ellen Gera, Rosa Neide e Tereza Leitão, coordenadoras do setorial Educação do PT, o ex-secretário executivo do MCTI, Luiz Antonio Elias e o presidente da CNTE, Heleno Araújo.

Discurso no evento O ex-presidente Lula disse, na manhã desta terça-feira (8), em reunião para discutir, na Fundação Perseu Abramo (FPA), a situação da educação e a ciência e tecnologia no Brasil. “O Brasil não pode retroceder nas conquistas da área de educação, como tem acontecido no atual governo, que tira recursos da área e promove um desmonte das políticas públicas, como Fies, ENEM e Sisu. “É preciso fazer a sociedade entender o que está acontecendo.

O que a gente fez não pode voltar à estaca zero.

Fies, Sisu, Enem, investimentos, tudo voltou à estacada zero. Íamos chegar ao décimo degrau e eles voltaram para o segundo. É preciso recuperar o que fizemos e avançar”, disse Lula.

No centro da discussão, os problemas causados pelo descaso do governo federal com as duas áreas, como o abandono do MEC e a redução de recursos para o ensino superior, tanto na graduação como na pós-graduação, o que tem provocado fuga de cérebros do Brasil. “A conjuntura atual é bem diferente da verificada nos tempos dos governos petistas, que tiveram a educação como um dos pilares, o que favoreceu aumento de investimentos e de infraestrutura, com novas universidades, institutos federais e escolas técnicas, e democratização de acesso, com políticas inclusivas que mudou a configuração do ensino superior no Brasil”, disse o partido.