Sem alarde, o Gabinete de Enfrentamento à Covid-19 se reuniu nesta segunda-feira e avaliou o quadro epidemiológico das últimas semanas em Pernambuco.
Diante do avanço do número de casos e de demandas por leitos de UTI, novas medidas restritivas irão entra em vigor a partir da próxima quarta-feira (9/02): O limite de público em eventos será reduzido de três mil pessoas para 500 em locais abertos.
Em locais fechados, o limite de pessoas cai de 1000 para 300 pessoas.
Eventos corporativos, não-festivos, podem ter limite de até 1.500 pessoas.
O ponto facultativo do Carnaval está suspenso.
A rede pública estadual também funcionará normalmente.
O novo decreto vale desta quarta-feira até o dia 1° de março, mas Paulo Câmara já disse não descartar mais restrições. “Sabemos de todas as repercussões econômicas, sociais e culturais em torno dessa decisão, mas não há condições sanitárias para que seja realizada qualquer tipo de festividade no período de carnaval em Pernambuco.
Além disso, reduzimos a capacidade dos eventos de 3 mil para 500 pessoas e não descartamos tomar outras medidas restritivas se o número de casos continuar em crescimento acelerado”, afirmou o governador Paulo Câmara.
André Longo, secretário de Saúde do Governo de Pernambuco - Aluisio Moreira/SEI Acereleração dos casos A variante Ômicron da Covid-19 continua em franca aceleração em Pernambuco, impactando no aumento de positividade e, consequentemente, hospitalizações e óbitos, principalmente em não vacinados.
Atualmente, 919 pacientes estão internados com quadros respiratórios graves nos leitos de UTI na rede pública – mesmo patamar de julho do ano passado.
Além disso, a média móvel de confirmações diárias de novos óbitos no Estado chegou a 13,2 nesta segunda-feira (07.02) – um aumento de 128% na comparação com a de 14 dias atrás. “Este cenário de aceleração exponencial da variante Ômicron impõe a adoção de novas medidas restritivas dentro do nosso Plano de Convivência.
Por determinação do Governador Paulo Câmara, vamos continuar trabalhando para minimizar os impactos da doença, com a contratação de profissionais de saúde e a abertura de novos leitos.
Mas só os esforços do Governo do Estado não serão suficientes para diminuir a circulação viral e superar o vírus.
Precisamos, então, do engajamento da sociedade, com o respeito aos protocolos, o reforço nos cuidados e, principalmente, com a vacinação”, destaca o secretário estadual de Saúde, André Longo.