Recife, 04 de fevereiro de 2022.

Ofício PR/FSE CUT Nº 002/2022.Ao Comitê de Combate à Pandemia da Covid-19 em PernambucoPrezadas senhoras e senhores,Os componentes da Comissão Central de Negociação (estabelecida por Decreto Governamental), pertencentes ao Fórum de Servidores Públicos do Estado de Pernambuco (FSP/PE)vêm propor que o início das aulas na rede pública estadual seja adiado, até que o panorama sanitário não suscite risco à saúde e nem a vida de todos nós.

Produtores apresentam ao MP termo garantindo medidas sanitárias para prevenção da Covid em eventos Também propomos que sejam tomadas medidas governamentais, no âmbito do serviço público estadual, como rodízio, redução de carga horária diária ou ainda trabalho remoto, onde for possível estabelecer, sem prejuízo para o serviço público, de forma já comprovada no início da pandemia.

A Covid-19 retorna às chamadas dos noticiários da televisão brasileiras e às manchetes dos jornais de grande e pequena circulação.

Ontem ocorreram quase mil mortes no nosso país.

Nos lares, a aflição de pais e mães vendo seus filhos e suas filhas acometidos pelos vírus da nova variante Ômicron e das diferentes síndromes gripais e, ao mesmo tempo, filhos e filhas com medo de tornarem-se órfãos.

Gestores dos serviços de saúde criam artifícios administrativos para enfrentar o Sars-Cov2: suspendem férias e licenças remuneradas.

Passageiros de voos nacionais se amontoam nos aeroportos pela falta de tripulantes, agora sofrendo em leitos de lares e de hospitais devido a contaminação.

Cirurgias eletivas são suspensas e os leitos hospitalares das enfermarias transformam-se em leitos para a Covid-19.

As Unidades de Terapia Intensiva se abarrotam de leitos para as Síndromes Respiratórias Agudas Graves.

Secretarias, repartições, órgãos e empresas,públicas e privadas, estão funcionando com redução do número de trabalhadores.

Pois, muitos estão em casa acometidos pelos sintomas da nova variante.Testes, vacinas e máscaras são comprados às pressas para conter e evitar adoecimentos e mortes pela nova variante Ômicron, cujo poder de transmissão e de adoecimento é muitas vezes maior que suas irmãs Beta, Gama e Delta.

Bares, restaurantes, instituições públicas e privadas, o palácio do governo entre elas, são obrigados a manter o isolamento e a exigir o comprovante de vacinação.

Estatísticas revelam que a vacinação entre adultos está aquém do limite mínimo de proteção imunológica e é incipiente a vacinação entre crianças e adolescentes, grupo majoritário que frequenta as escolas do ensino básico.

Renomados infectologistas e epidemiologistas, bem como reconhecidas instituições científicas nacionais e internacionais, assim como Conselhos de Saúde, recomendam reforçar as medidas sociais de isolamento, uso de máscaras e álcool 70%.

Universidades públicas e privadas postergam o início das aulas presenciais.

Senhoras e senhores, por inverossímil que pareça, o retorno às aulas presenciais do sistema de ensino da educação básica de Pernambuco está previsto para a próxima segunda-feira, dia 7 de fevereiro. É certo afirmar que as escolas não estão preparadas sanitariamente para receber alunos e trabalhadores da educação: em muitas salas de aula há número alto de estudantes e não há janelas adequadas para arejar o ambiente, não existem máscaras descartáveis suficientes para se oferecer a toda comunidade escolar, assim como não é possível respeitar o distanciamento que os próprios protocolos governamentais professam.

Nas mesmas condições estão diversos setores do Estado, como Secretarias, Autarquias, Fundações e Empresas Públicas, que apresentam diariamente, casos de contaminações crescentes pela nova variante entre os servidores, que estão sendo submetidos a sua carga diária laboral sem a devida observância, por parte do Estado, do ambiente seguro e de fornecimento de equipamentos para prevenir a transmissibilidade em massa (Mascaras adequadas PFF2 ou N95).

Atenciosamente, Paulo RochaPresidente da CUT/PECoordenador do FSE/CUT.