A Prefeitura do Recife anunciou nesta sexta-feira (14) o Plano Recife Ama Carnaval, dedicado à cadeia produtiva do ciclo carnavalesco, que integra um setor que há dois anos vem sendo duramente atingido pela pandemia e pelas restrições necessárias.

Em evento de Carnaval, João Campos fustiga Bolsonaro João Campos promete realizar Carnaval em maio, junho, agosto ou setembro A equipe do prefeito João Campos anunciou os detalhes do plano na manhã desta sexta-feira (14), no Forte das Cinco Pontas.

No total, a promessa é de investir R$ 10 milhões na ajuda ao setor com um auxílio emergencial.

No ano passado, segundo a PCR, foram investidos R$ 4 milhões no primeiro auxílio pago.

Os vereadores do Recife já haviam sugerido a medida, em uma comissão especial.

Na fala, o secretário municipal de Cultura Ricardo Mello reconheceu e agradeceu o relatório dos vereadores, na pessoa de Marco Aurélio Filho.

A cidade vive o segundo ano sem carnaval e o secretário fez questão de afirmar que não se trata de cancelamento, como ocorreu em Jaboatão dos Guararapes e Olinda, mas sim uma suspensão, a espera de dias melhores mais a frente. “Eu ouvi de muitos artistas que querem trabalhar.

Nesta agenda de trabalho, nos podemos ter um festival no segundo semestre ou uma festa em maio, se estiver tudo bem (pandemia) ou podem ser apresentações ao longo do ano, nós vamos abrir um caminho, e cumprindo os protocolos”, afirmou. “A agenda do Carnaval vai ser retomada assim que possível.

O prefeito prometeu o maior carnaval da história do Recife e ele ainda vai acontecer” Uma das novidades é a promessa de pagar aos artistas que se apresentaram em 2019 e 2020.

Em 2021, o auxílio foi pago apenas a quem havia se apresentado em 2020.

Outra alteração é a promessa de pagar 100% do cachê ou subvenção das agremiações ou os artistas e não apenas 50% do cachê ou suvvenção, como foi no primeiro auxílio, no ano passado.

O auxílio precisa ser aprovado pela Câmara de Vereadores e por conta disto o secretário informou que um projeto de lei está sendo enviado nesta sexta-feira.

A Câmara de Vereadores está de recesso, mas a expectativa é de que possa ser aprovado entre 9 e 11 de fevereiro, possibilitando que a PCR faça ao menos uma primeira parcela em fevereiro.

O projeto de lei foi assinado pelo prefeito no evento desta sexta.

O secretário Ricardo Mello explicou o funcionamento do AMA. “Existem dois tipo de contemplados: coletivos , agremiações e atrações artísticas que fizeram parte das edições do Carnaval e assim, já estão no cadastro da Prefeitura, precisando apenas de conformação e farão jus ao pagamento do prêmio de 100% do cachê, no caso da atração do coletivo(bandas, orquestras) ou da agremiação(que tem subvenção).

No caso dos individuais, eles apresentam sua declaração de participação da cultura no ciclo carnavalesco e suas comprovações e, assim, eles fazem jus ao prêmio individual, lembrando que eles também estão contemplados pelo prêmio coletivo porque eles fazem parte dessa cadeia.

Seja uma agremiação, seja uma atração, você tem técnicos atuando, figurinista, aderecista, tem aquele pessoal que faz parte dessa cadeia que viabiliza a realização da festa e das apresentações.

Eles devem receber um valor de referência calculado a partir do salário mínimo”, explica.

Artista foram prestigiar evento sobre Carnaval no Forte das Cinco Pontas - Daniel Tavares/ PCR Imagem Vai ter festa No discurso que fez logo à apresentação dos detalhes do auxílio de Carnaval, no Forte das Cinco Pontas, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), reafirmou o compromisso de realizar os festejos ainda este ano, mas em data ainda incerta. “A gente não cancelou o Carnaval, como outras cidades.

A gente suspendeu.

Já temos toda a infra-estrutura pronta e contratada.

Pode ser em maio, em junho, em agosto, em setembro, vamos ver o melhor cenário para a realização.

Temos que manter a chama acesa. vamos sair mais fortes e o Carnaval é uma marca de nossa cidade”, afirmou.

João Campos disse, na sua fala, ainda que o valor do auxílio de carnaval este ano chegou aos R$ 10 milhões, 100% financiados pelos cofres municipais, justamente para compromissar os artistas e as agremiações. “Os artistas me dizem que querem trabalhar, eles não querem apenas o auxílio.

Por conta disto que fizemos esta movimentação inédita em relação à todas as outras capitais do Brasil”, gabou-se.

No ano passado, a ajuda somou cerca de R$ 4 milhões, sendo cerca de R$ 1,5 milhões da iniciativa privada.