Veja abaixo a análise do sociólogo Antônio Lavareda, sobre a mais recente pesquisa nacional do Ipespe NA CORRIDA ELEITORAL, MORO CHEGA A 11% O presidente perde dois pontos na espontânea (de 24% para 22%) e três pontos na Lista 1 (de 28% a 25%).

Da mesma forma, os candidatos da terceira via foram arranhados na chegada do ex-juiz, que agora ultrapassa Ciro (9%) na terceira posição.

Mas, por enquanto, a situação dos dois líderes continua sólida.

Somados, Lula e Bolsonaro têm 54% das intenções de voto espontâneas e 67% das intenções de voto estimuladas.

A distância no primeiro turno de Lula sobre Moro na Lista 1 é de 31 pontos e a do Presidente, 14 pontos.

Com 11% de intenções de voto, Moro ultrapassa Ciro Gomes em nova pesquisa; veja ranking Sérgio Moro fala sobre recuperação da economia e reconstrução do País a investidores Paraná Pesquisas: Moro é menos competitivo que Bolsonaro contra Lula; veja números Índice de Popularidade Digital mostra Lula em ascensão e Moro despontando no 3º lugar.

Bolsonaro fica estável Em pesquisa feita por Sérgio Moro, ex-ministro se aproxima de Bolsonaro, mas segue longe de Lula Ricardo Salles, ex-ministro de Bolsonaro, chama Sérgio Moro de comunista Modalmais/Futura: Lula e Bolsonaro estagnados, Ciro mantém queda e Moro avança sobre indecisos PoderData: Contra Lula, Moro é mais competitivo que Bolsonaro Depois de Moro, Podemos filia general Santos Cruz Pesquisa IPESPE mostra queda de Bolsonaro, estabilidade de Lula e crescimento tímido de Moro No segundo turno, o desempenho atual de Bolsonaro contra Lula (32% X 52%) é semelhante ao de Moro (34% X 51%), o que não estimula grandes movimentos de “voto estratégico”, popularmente chamado de “voto útil”, que esvaziariam as intenções de voto do incumbente em benefício do seu ex-ministro.

De qualquer forma, está claro que no roteiro da novela eleitoral de 2022 capítulos importantes serão reservados ao enfrentamento dos dois na disputa pelos corações e mentes dos 55% de eleitores (votos válidos) que definiram a vitória quatro anos antes.

Sem esquecer que essa fatia do eleitorado será acirradamente disputada, ademais, pelos outros nomes da chamada terceira via.

CRESCE O PESSIMISMO DA OPINIÃO PÚBLICA SOBRE A ECONOMIA.

PARA 69% ELA SEGUE NO “CAMINHO ERRADO”, ENQUANTO QUE 22% ACREDITAM QUE ELA ESTÁ NO RUMO CERTO.

No final de outubro esses números eram, respectivamente, 67% e 24%.

A pressão inflacionária sobre o orçamento doméstico que não dá trégua e os altos e resilientes índices de desemprego, cujos sinais são captados na agenda da população para os presidenciáveis, estão no epicentro dessa percepção.

SEM A CPI DA COVID, ARREFECE UM POUCO O NOTICIÁRIO NEGATIVO PARA O GOVERNO E MELHORA A AVALIAÇÃO DO SEU DESEMPENHO NA PANDEMIA.

A leitura da desfavorabilidade das notícias veiculadas na mídia on-line e off-line recuou de 59% para 53%.

As favoráveis tiveram pequena oscilação positiva, de 7% para 8%.

E a neutralidade das mesmas passou de 24% para 31%.

Associada a isso, a avaliação positiva do desempenho do Governo Federal no combate à pandemia evoluiu de 21% para 23% e a classificação “ruim”/“péssima” cedeu de 57% para 55%.

O volume das matérias negativas para o governo diminuiu naturalmente, sobretudo na mídia televisiva, sem as sessões da CPI transmitidas ao vivo com ampla repercussão.

AVALIAÇÃO GERAL E APROVAÇÃO DO GOVERNO BOLSONARO OSCILAM POSITIVAMENTE.

O PERCENTUAL DOS QUE O CLASSIFICAM COMO “ÓTIMO/BOM” VAI DE 24% a 25%.

E OS QUE O “APROVAM”, DE 30% A 31%.

Independente do movimento ser reduzido e dentro da margem de erro, é plausível supor que ele de fato ocorreu, dado o contexto mencionado no tópico anterior.

A criação do Auxílio Brasil e a discussão sobre como viabilizá-lo jogam água no moinho da imagem do Presidente e do Governo.

Vale notar que por enquanto a avaliação negativa continua no mesmo patamar medido no mês passado, 54% de “ruim/ péssimo”, mas a “desaprovação” diminuiu um ponto (64% para 63%).