O prefeito de Araçoiaba, Jogli Uchoa, disse ao blog de Jamildo, nesta terça (16), que estava propondo uma alternativa ao governo do Estado e ao Exército Brasileiro para a localização da nova escola de sargentos da força nacional.
Vila militar, centro de convivência e mais: saiba a dimensão do projeto da nova Escola de Sargentos Novo complexo militar em Abreu e Lima deve liberar áreas imobiliárias nobres no Recife para iniciativa privada Escola de Sargentos.
Araçoiaba usa MPPE para mudar local de projeto em Abreu e Lima, com alegação ambiental A localização na cidade de Abreu e Lima foi realizada pelo comandante do Exército, depois de dois anos de estudos. “Não queremos tumultuar o processo, mas nos colocamos à disposição”, afirma.
A brecha vislumbrada pela cidade para tomar o projeto de Abreu e Lima seria a questão ambiental. “Existe uma recomendação da promotoria de Justiça de São Lourenço para que a CPRH se abstenha de conceder a licença ambiental”, explicou ao blog.
No entanto, quem acompanha tecnicamente o processo observa que o Exército recebe o licenciamento de órgãos federais, não locais. “Não conheço”, admitiu o prefeito pernambucano.
Na entrevista ao blog, o prefeito de Araçoiaba argumentou ainda com o fator tempo. “O Exército não vai esperar.
Nós temos receio de que a queda de braço (por conta da questão ambiental), o mesmo problema que aconteceu com o Arco Metropolitano, também afete o projeto.
Nós temos uma área, contígua ao Cimnc, mas em Araçoiaba e não em Abreu e Lima, que pode ser a solução.
São áreas que podem ser desmatadas porque não são mata fechada, são mangueiras, cajueiros, jaqueiras, etc”, afirmou.
O prefeito de Araçoiaba também admite ligação estreita com o Fórum Sócio-Ambiental de Aldeia, que faz críticas públicas ao projeto. “O nosso secretário de Infra-Estrutura, Felipe Barros, está em contato com Herbert (Tejo) de Aldeia.
Eles tem três alternativas de localização que pertencem à araçoiaba, onde haveria menos dano ambiental do que em Abreu e Lima”, afirma.
O prefeito Jogli Uchoa também afirmou afirmativamente quando o blog questionou se ele tinha conhecimento de que concorrentes nacionais, como Santa Maria, estavam usando notas do MPPE para tentar sabotar o projeto. “Por isto que eu estou correndo com esta alternativa.
Já falamos também com o deputado federal Augusto Coutinho para apresentar esta alternativa”, disse.
Sem chance de mudança Por coincidência, o blog de Jamildo havia questionado um general do Exército sobre a movimentação de ambientalistas contra o projeto, na sexta-feira. “Perdeu, playboy.
Não sabem o que estão falando” Ipojuca também corre por fora De acordo com informações de bastidores, até a cidade de Ipojuca, na Mata Sul, tenta tomar o projeto, usando o discurso ambiental. “Não custa nada tentar.
Está sendo oferecida uma área mais afastada, mais isolada, no caminho do crescimento que se espera para os próximos anos.
Não seria ruim para o Exército, que manteria o campo de instruções e poderia instalar sua escola em uma área de usina em Ipojuca.
Uma coisa é certa, se for decisão do Exército, será em Abreu e Lima mesmo”, afirma uma fonte do blog. “O que não falta em Ipojuca são terras que podem ser desapropriadas.
Na reta final das discussões, teve uma discussão ambiental.
O deputado federal Augusto Coutinho sugeriu Ipojuca como um plano B.
Foi o fiel da balança”.
Coutinho não respondeu ao blog.
Freio de arrumação “Essa discussão não é boa para Pernambuco.
O prefeito de Santa Maria, do PSDB, publica no Instagram dele todas as notas do MPPE.
O que se faz aqui repercute lá”. “Minha impressão é que tem muita gente tentando resolver muitos problemas simultaneamente.
O governo estadual deve centralizar esse debate com o Ministério da Defesa e diminuir o numero de protagonistas.
O impacto ambiental é mínimo diante de 7500 hectares de mata preservada e Araçoiaba é um entre tantos municípios impactados”, afirma uma fonte do blog, na área militar.