O site da revista Piauí aponta que líderes religiosos foram, proporcionalmente, os profissionais que mais morreram de Covid-19 em 2020.
Entre as 29 ocupações listadas pelo estudo da Rede de Pesquisa Solidária, baseado em dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, a categoria foi a que apresentou o maior percentual de óbitos causados pela pandemia.
De todos os registros de pessoas que ocupavam essa função e faleceram em 2020, 44% apontam a doença como causa.
A taxa é quase o dobro daquela verificada entre profissionais de Segurança (25,4%) e Saúde (24%), conforme a Rede de Pesquisa Solidária.
Desigualdades raciais e de gênero aumentam a mortalidade por Covid-19, mesmo dentro da mesma ocupação.
Principais Conclusões Homens negros morrem mais por Covid-19 do que homens brancos independente da ocupação, tanto no topo quanto na base do mercado de trabalho.
Mulheres negras morrem mais do que todos os outros grupos (mulher branca, homens brancos e negros) na base do mercado de trabalho, independente da ocupação.
Mulheres brancas morrem menos por Covid-19 que homens brancos nas profissões superiores, mas morrem mais nas ocupações da base do mercado de trabalho.
Analisar o número absoluto de mortes dos trabalhadores não reflete de maneira adequada os riscos de morte por Covid-19 dentro das ocupações.
Embora os trabalhadores agrícolas, autônomos do comércio e trabalhadores dos transportes sejam os que apresentaram o maior volume absoluto de mortes por Covid-19, o cenário é diferente quando se observa a proporção de mortes por Covid-19 dentre o total de óbitos.
Líderes religiosos, trabalhadores da Segurança, da Saúde e das Artes & Cultura são os profissionais que apresentaram as maiores taxas relativas de mortes por Covid-19 em 2020.