O Partido Progressitas de Pernambuco, ao lado das executivas da Bahia e Paraíba, podem abrir dissidência no PP Nacional e com isto evitar dar apoio oficial ao presidente Bolsonaro, caso entre mesmo no partido para disputar as próximas eleições.
Os aliados do progressista contam que o deputado federal pode adotar facilmente uma posição de dissidência, em relação à direção nacional, caso o cenário se confirme.
Isto aconteceria porque, diferente de outras executivas estaduais, mais frágeis e provisórias, a executiva de Pernambuco foi eleita há dois meses e tem autonomia por dois anos.
Assim, ela não é obrigada a seguir a orientação nacional, sob risco de ser dissolvida, como as comissões provisórias.
Resumindo, Dudu da Fonte, conforme correligionários, pode receber Bolsonaro e não ter que sair da Frente Popular. “O PP Nacional pode apoiar Bolsonaro, não tem problema.
Não há uma interferência direta no local”, explica o aliado.
Essa questão já teria sido discutida com Ciro Nogueira.
Ou seja: Eduardo da Fonte e seus aliados locais não tem como vetar a entrada de Bolsonaro, mas podem não ser obrigados a dar palanque.
Os aliados contam que a situação pode ser boa no Sul e no Sudeste, onde o bolsonarismo encontra acolhida, mas não se repete no Nordeste.
O movimento para receber Bolsonaro, por esta lógica, atende ao interesse dos parlamentares do PP que querem engordar o partido nas regiões mais desenvolvidas.
Mais há um porém: Mesmo com a dissidência, o PP pode crescer no Estado, com a procura de candidatos a deputado federal ou estadual que queiram se ligar ao nome de Bolsonaro.
Com mais calda, aliás, o PP local já imagina que possa eleger até 15 estaduais e cinco federais.
Hoje tem 11 deputados estaduais. “Vamos ter voto de legenda, valoriza o PP, dá um up grade no partido em Pernambuco”.
Pode ser, mas Dudu da Fonte não sai do eixo em que está.
Bolsonaro deve entrar no PP e pode impactar formação de palanques em Pernambuco Entenda a polêmica O deputado federal André Fufuca disse ao Antagonista que, de 0 a 10, a chance de Jair Bolsonaro se filiar ao PP estaria hoje em 9.
Fufuca assumiu o comando do PP depois que o senador Ciro Nogueira virou ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro.
O deputado negou que lideranças do partido teriam oferecido a Bolsonaro, nessas negociações para possível filiação, uma fatia do fundo eleitoral de R$ 140 milhões, como informou José Casado. “Bolsonaro nunca falou sobre fundo.” O Antagonista ponderou com Fufuca que há muita gente no PP, sobretudo no Nordeste, que quer caminhar com Lula em 2022. “Se Bolsonaro vir, o partido irá 100% com ele”, disse o deputado e presidente em exercício.
Como fica a situação de Pernambuco?
O site nacional não cita diretamente Pernambuco, mas o caso é exemplar.
O deputado federal Eduardo da Fonte teria que abandonar a estratégia de colocar o pé em duas canoas e escolher um dos lados.
O PP vai ficar carimbado como bolsonarista, levando o número do candidato.
Quem pode se beneficiar deste fato novo pode ser o candidato do Democratas, Miguel Coelho, ou mesmo Gilson Machado, caso saia candidato a governador.
Não há certeza quanto a isto.
O curioso é que Dudu da Fonte havia feito um movimento para se aproximar mais ainda de Lula, em suas viagens mais recentes pelo Nordeste e Recife, além de pleitear uma vaga ao Senado na chapa do PSB.
A chegada de Bolsonaro é dada como certa em Brasília, restando apenas a configuração em dois ou três estados.