Sem alarde, o Partido Social Cristão entrou na manhã desta sexta com uma ação no STF para suspender o decreto do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), exigindo apresentação de teste ou cartão de vacinação contra Covid 19 para frequentar cultos com mais de 300 pessoas no estado.
O partido ressalta que apoia a campanha da vacinação e confia na ciência, mas afirma que o decreto fere o princípio da igualdade.
O partido questiona a exigência do passaporte para entrar em igreja e a falta de cobrança do mesmo documento para shoppings, restaurantes e cinemas, por exemplo.
Mais cedo, o blog já havia também registrado que o deputado federal Ossesio Silva (Republicanos/PE) reagiu com duras críticas ao decreto do governo de Pernambuco que exige a apresentação de teste negativo de Covid-19 ou comprovante de vacinação completa para liberar a presença de fiéis em cerimônias religiosas com mais de 300 pessoas.
Ele falou em judicialização também. “Os dados oficiais mostram que menos de 38% da população receberam a 2° dose ou dose única, isso significa que mais de 62 % da população ainda não completaram o esquema vacinal e não poderiam participar dos cultos, pelas regras publicadas pelo governo estadual.
Um verdadeiro absurdo e dá a impressão de que o decreto, da forma como foi feito, deixa inviáveis os trabalhos religiosos no nosso estado.
Com essa decisão do governo do estado, milhões de cristãos serão prejudicados sem poderem ir às igrejas e templos religiosos em Pernambuco” afirmou.
O deputado bolsonarista diz que o Estado quer apenas controle social - Gabinete do deputado/divulgação Mais PSC no ataque Sem alarde, no mesmo dia que a Comissão de Constituição e Justiça da Alepe debatia e votava o projeto de lei que previa obrigatoriedade para vacinação de servidores e fornecedores do Estado, o deputado estadual Alberto Feitosa (PSC) apresentou no último dia (27), na mesma Assembleia Legislativa de Pernambuco, projeto de lei que veta o passaporte de vacinação em Pernambuco.
O projeto da vacinação obrigatória acabou sendo aprovado, na quinta, por 35 votos a seis.
Na justificativa, o parlamentar destaca falas da infectologista especialista em Biossegurança Sylvia Lemos Hinrichsen, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), que contesta pontos referentes ao Passaporte. “Ainda estamos descobrindo como as vacinas contra a Covid funcionam.
Todas serão eficazes contra as variantes do coronavírus que já conhecemos?
E se só uma delas for eficaz e tivermos dado passaporte para todos?
Em todas elas, a imunidade contra o vírus terá o mesmo tempo de duração?
Adotar o um passaporte da vacina não é algo simples como parece”, diz Sylvia Lemos, citada por Feitosa. “Nosso objetivo é extinguir a imposição do Governador Paulo Câmara (PSB) que tenta, todos os dias, suprimir o direito de ir e vir dos pernambucanos.
A própria organização Mundial da Saúde - OMS, e o Conselho Federal de Medicina afirmaram, respectivamente, que o passaporte vacinal não previne a transmissão do Covid-19 e que não é a favor da vacinação obrigatória.
Por isso, não faz sentido tal imposição”, afirmou Alberto Feitosa. “Eles sempre se basearam nas informações das entidades de Saúde, e agora dispensam a ciência? qual o propósito?
Estão preocupados com a saúde das pessoas que continuam amontoados nos corredores dos hospitais e nos ônibus, metrôs e terminais de passageiros ou apenas em controle social?”, questionou o parlamentar.