O Movimento a Serviço do Brasil é composto por 30 entidades de todos os estados da federação e representa mais de 400 mil servidores.
Veja a nota de posicionamento do “Movimento a Serviço do Brasil”, enviada ao blog O quinto relatório da PEC 32 apresentado pelo deputado Arthur Maia, nesta quarta-feira (22), continua a representar um ataque ao setor público e à prestação de serviços para toda a população.
O relator segue em busca da aprovação de um texto danoso.
Com singelas mudanças, a proposta da sequência à clara tentativa de desestruturação do serviço público e das carreiras.
A permissão constitucional para contratação temporária de servidores por até seis anos, sem a realização de concursos públicos, dificultará o desenvolvimento efetivo do atendimento e de políticas públicas.
A descontinuação do trabalho é prejudicial como um todo, evita o aperfeiçoamento dos servidores ao longo da carreira e, consequentemente, de uma melhor prestação de serviço para a população.
O corte de 25% da jornada de trabalho e salário dos servidores acarretará no acúmulo de serviços e na diminuição do atendimento.
Atualmente, o déficit de servidores já causa sobrecarga de trabalho, com impactos no serviço e na saúde de todas as carreiras.
Com uma eventual aprovação da PEC 32 será inevitável o efeito cascata e o prejuízo para toda a população.
A estabilidade continua ameaçada no documento com a possibilidade de demissão após avaliação de desempenho.
Da forma como está proposta, pode ocasionar má avaliação por pontos que fogem da responsabilidade de servidores.
O método previsto no texto pode gerar casos como: madeireiros avaliando fiscais ambientais, sonegadores avaliando fiscais tributários, pacientes que buscam apenas atestado avaliando médicos, entre outras situações complexas e não abordadas pelo texto.
O relatório também não prevê proteção a possíveis perseguições de servidores por superiores na avaliação de desempenho.
Apesar de anunciarem a manutenção da estabilidade, na prática, o cenário é de insegurança, sem garantias para a prestação correta das funções atribuídas por lei e possibilitando alta interferência política.
Após quase um ano de discussão, está evidente para o Movimento a Serviço do Brasil que o foco da PEC 32 é o domínio da máquina pública por políticos, com nível elevado de interferência política, com livre nomeação de cargos comissionados.
Além de enfraquecer o setor, o governo tentou favorecer a iniciativa privada para a execução das atividades.
Nenhum dos argumentos apresentados pelo governo federal se sustenta, sejam os econômicos, fiscais ou meritocráticos.
A necessidade de investimento e modernização do setor público é evidente, a população brasileira necessita de serviços públicos mais robustos e efetivos, principalmente diante da crise social que a população brasileira atravessa.
Para alcançar tais objetivos é necessário fortalecer o setor público com investimentos e garantia da proteção para a atuação legal dos servidores.
Movimento a Serviço do Brasil O Movimento a Serviço do Brasil é composto por 30 entidades de todos os estados da federação e representa mais de 400 mil servidores.