O diretor médico da Prevent Sênior, de São Paulo, entrou como testemunha na CPI da Covid e acaba de ser declarado na condição de investigado, após comunicado do relator Renan Calheiros.
Os senadores classificaram como fraude a orientação veiculada na Prevent Senior de que todos os pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19 recebessem, nos prontuários, a CID B34.2, “para que estes possam ser adequadamente contabilizados independentemente do status de exame ou unidade”.
A orientação dizia ainda que após 14 dias do início dos sintomas (pacientes de enfermaria/apartamento) ou 21 dias (pacientes com passagem em UTI/leito híbrido), a CID — classificação internacional de doença — deveria ser modificado para qualquer outro, de forma a identificar os pacientes que já não tinham mais necessidade de isolamento. — O senhor [Batista Júnior] não tem condições de ser médico, modificar o código de uma doença é crime — expôs o senador Otto Alencar (PSD-BA). — Essas pessoas morreram em consequência da covid-19.
Isso é uma fraude — disse o senador Humberto Costa (PT-PE), explicando que o objetivo da mudança da CID era dizer que os pacientes já não tinham covid-19.