Depois do discurso da Paulista, nesta tarde de terça-feira, em que o presidente Bolsonaro voltou a atacar o STF e o ministro Alexandre de Moraes, em tom golpista, o governador Paupo Câmara deu a sua impressão sobre o feriado da Independência. “O Sete de Setembro é uma data para celebrar a liberdade, a democracia e o progresso do nosso país.
Não para promoção pessoal ou para o presidente ameaçar e desrespeitar os demais poderes constituídos.
Infelizmente, ele está em campanha permanente e não governa o país”, afirmou o governador Paulo Câmara. “Enquanto isso, no mundo real, longe dos delírios totalitários de Bolsonaro, a inflação, a fome e a miséria estão de volta e o Brasil segue sem perspectivas”, completou. “O Brasil assistiu hoje a mais uma afronta direta à democracia.
Enquanto o país atravessa uma crise sem precedentes, o #7deSetembro foi transformado em episódio lamentável com um novo flerte com a ruptura institucional” disse João Campos.
Outros governadores Governadores usaram o Twitter nesta terça-feira, 7, para fazer pronunciamentos em defesa da democracia.
O dia é marcado por protestos contra e a favor do governo federal - alguns deles, neste último caso, com caráter antidemocrático - convocados pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e aliados, na esteira da queda da popularidade do chefe do Executivo. “Não podemos tolerar retrocessos.
Que o Estado Democrático de Direito e os valores da liberdade sempre prevaleçam sobre o autoritarismo para o Brasil voltar a crescer, gerar empregos e diminuir as diferenças sociais.
Viva a independência”, escreveu o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), disse nas redes sociais que só pode haver patriotismo com respeito às instituições. “Viva a Constituição, nosso escudo contra arruaceiros, milicianos e demais criminosos.
Viva o Brasil!”, escreveu.
A defesa da democracia também marcou as manifestações dos governadores petistas Wellington Dias, do Piauí; Camilo Santana, do Ceará; e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte.
O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), defendeu a necessidade de instituições autônomas e independentes e o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), afirmou que o patriotismo só tem valor se acompanhado da defesa da democracia e da liberdade.
Sem citar o nome do presidente, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou o mandatário. “Independência é comida no prato, e não fuzis”, escreveu.
A afirmação é uma referência a uma declaração de Bolsonaro de 27 de agosto, quando o presidente incentivou a população a se armar e chamou de “idiotas” os que dizem ser melhor comprar feijão do que fuzil.
Outras manifestações Outros cinco governadores usaram o Twitter para fazer manifestações de caráter neutro ou sem referências a Bolsonaro nesta terça-feira.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), afirmou que a data comemorativa da Independência do Brasil representa momento marcante para o País. “Uma data simbólica para nossa gente, que representa um momento marcante, um dos mais importantes que tivemos na história, a nossa emancipação política e o início da luta por um processo democrático onde as pessoas tivessem voz”, escreveu.
Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, defendeu “honestidade, educação e trabalho sério.” Enquanto isso, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), publicou um vídeo que afirma que o 7 de Setembro é um “dia de todos os brasileiros.” O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), defendeu no Twitter uma sociedade unida, que respeite diferenças e proteja o meio ambiente.
Enquanto isso, o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), comemorou a data. “Orgulho de ser brasileiro!”, escreveu.