Em entrevista exclusiva a Geraldo Freire, na Rádio Jornal, nesta manha de quinta-feira, o presidente Bolsonaro disse acreditar que não haverá uma guerra civil no Brasil, ao comentar as manifestações programadas para o feriado do 7 de setembro, em Brasília e por várias capitais, por grupos da direita radical.
O chefe do Executivo comentava uma fala recente do deputado federal Otoni de Paula, do PSC do Rio de Janeiro, que afirmou em um vídeo nas redes sociais que haveria derramamento de sangue e que os aliados bolsonaristas deveriam estar preparados para matar ou morrer.
O deputado evangélico teve na semana mandado de busca e apreensão cumprido pela PF em endereços seus por autorização do ministro do STF Alexandre de Morais.
Michel Jesus/Câmara dos Deputados Bolsonaro disse que estavam querendo colocar “na conta dele” e que a fala era liberdade de expressão do parlamentar.
Na mesma entrevista, Bolsonaro voltou a criticar os governadores pelas ações contra a pandemia de coronavírus, os ministros do STF e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que negou o seguimento do processo contra o ministro Alexandre de Moraes, apresentado por Bolsonaro, como resposta à prisão do presidente do PTB, Roberto Jefferson, após a realização de ameaças às instituições.
O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) acertou com a Polícia Federal a data para o seu depoimento no inquérito do STF que investiga protestos golpistas e ameaças a ministros do Supremo.
Otoni será ouvido na sede da PF no Rio na próxima segunda-feira, a partir das 14hs.
O deputado teve na semana mandado de busca e apreensão cumprido pela PF em endereços seus por autorização do ministro do STF Alexandre de Morais.
Nesta terça, em seu primeiro discurso no plenário da Câmara depois da ação da polícia, o bolsonarista voltou a fazer críticas ao Supremo e disse que o país vive uma “escalada ditatorial da toga”. “Estamos diante de uma Suprema Corte aparelhada politicamente.
A escalada ditatorial da toga alcançará a todos nós mais cedo ou mais tarde.
Estaremos todos curvados diante dos tentáculos de homens que deixaram de ser guardiões da Constituição para interpretá-las por suas conveniências.
A pior ditadura é a do poder Judiciário, porque contra ela não há a quem recorrer”, disse ele.