Segundo estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), encomendado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Lava Jato resultou em prejuízos de R$ 85,8 bilhões com a perda de massa salarial.
O Estado deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões em impostos, e o Produto Interno Bruto (PIB) do país deixou de crescer 3,6% entre 2014 e 2017.
O Brasil ainda perdeu R$ 172,2 bilhões em investimentos no mesmo período, montante 40 vezes maior do que os recursos que a operação informa ter recuperado e devolvido aos cofres públicos.
Também desapareceram 3,5 milhões de empregos entre 2014 e 2017, e a implantação de outros 3 milhões de postos de trabalho foi paralisada.
O “estrago econômico, político e social” provocado pela operação é tema central do livro “Operação Lava Jato: crime, devastação econômica e perseguição política”, lançado na IX Plenária Nacional da Federação Única dos Petroleiros – PlenaFUP, na semana passada.
O livro “Operação Lava Jato: crime, devastação econômica e perseguição política” tem prefácio assinado por Baltasar Garzón, ex-juiz da Suprema Corte da Espanha que ordenou a prisão do ex-presidente chileno Augusto Pinochet.
Organizado por Antonio Alonso Jr., Fausto Augusto Jr. e José Sérgio Gabrielli e editado pela Expressão Popular, o livro teve origem em estudo realizado por DIEESE/CUT, que mostra os impactos negativos da Lava Jato na economia brasileira. “A Operação Lava Jato foi deflagrada em 2014 para investigar e desmontar planos de corrupção e lavagem de dinheiro que envolviam a Petrobrás.
Entretanto, transformou-se numa operação política midiático-judicial, com graves consequências políticas e econômicas para o país”, afirmam as entidades. “Operação Lava Jato: crime, devastação econômica e perseguição política” é um livro fundamental para compreender as reais motivações do grupo que comandou a Lava Jato, que começou como uma investigação da Polícia Federal a partir de denúncias de corrupção e de lavagem de dinheiro envolvendo empresas brasileiras, entre elas a Petrobrás, e se transformou em uma operação política midiático-judicial que elegeu um governo de extrema direita".