Os rodoviários prometem realizar ato da campanha salarial nesta segunda-feira (16), às 6h da manhã, na Integração de Joana Bezerra. “Se a patronal não negociar, os ônibus vão parar!” é o lema adotado.
No começo do mês, motoristas e cobradores de ônibus da Região Metropolitana do Recife rejeitaram a proposta dos empresários de ônibus de postergar para janeiro de 2022 as negociações sobre o reajuste salarial.
A negativa foi votada em assembleia da categoria realizada na tarde da quinta-feira 5 de agosto, em Santo Amaro, área central do Recife.
Com a rejeição, a possibilidade de paralisações e até mesmo uma greve do transporte público ficou mais próxima, embora os empresários de ônibus tenham descartado possibilidade de greve no Grande Recife.
O presidente da Urbana-PE, Fernando Bandeira, já disse que a pandemia provocou dificuldades em todos os segmentos econômicos e no transporte público perdeu-se 75% da demanda que tínha em março de 2020, antes do início da crise sanitária. “Hoje estamos com 60% da demanda de antes.
Por esse motivo, fizemos uma consulta ao Sindicato dos Rodoviários se não seria mais produtivo se passássemos a negociação para janeiro de 2022.
Logicamente que, se eu transfiro a discussão para janeiro, eu estarei pagando a inflação de 18 meses em vez de 12 meses”, afirmou então Bandeira.
Guerra em 2020 No ano passado, a briga entre patrões e empregados passou por um acordo fechado entre os rodoviários e a patronal para cancelar as demissões em massa, depois da medida provisória de Bolsonaro que tentou frear demissões em massa com a pandemia.
O cancelamento dessas demissões também foi uma exigência do Governo do Estado, que anunciou publicamente que os patrões tinham se comprometido em reverter as demissões.
Depois, o sindicato acusou os patrões de promoverem “um espetáculo grotesco de desonestidade e covardia da patronal”. “Mantiveram as demissões e, ainda por cima, não estão pagando o que devem aos trabalhadores”, reclamaram, na época.