Pesquisa Exame/Ideia, divulgada nessa sexta-feira, reuniu dados apontando que 67% dos brasileiros concordam que empresas podem exigir vacinação contra o coronavírus dos funcionário.
Os que discordam são 12%, e os que nem concordam nem discordam somam 21%.
Mesmo que a vacinação no Brasil não seja obrigatória, diversas organizações têm optado por permitir o retorno somente daqueles totalmente imunizados.
De acordo com especialistas em saúde pública, um retorno totalmente seguro só é garantido quando 70% da população tiver tomado as duas doses - ou a vacina de dose única.
No fim de junho, a Justiça do Trabalho confirmou uma demissão por justa causa de uma funcionária que se recusou a se vacinar contra a covid-19.
De acordo com Maurício Moura, fundador do Ideia, o debate da obrigatoriedade se estende também para outros países. “Esse é um grande tema também em debate nos Estados Unidos.
No Brasil, é alta a taxa das pessoas que acham que deveria ser obrigatório.
Na parcela de quem tem curso superior e nas classes mais altas esse número passa dos 70%”, diz Moura.
Obrigatoriedade no Brasil Ainda de acordo com o estudo, verificou-se que nas regiões Centro-Oeste e Norte há um maior número de pessoas favoráveis a possibilidade das empresas exigirem a imunização, ambas com 71%.
Já a região Sul tem o número mais alto de pessoas que discordam da medida, com 16%, e 58% são favoráveis.
No quesito gênero, as mulheres concordam mais com a imunização compulsória que os homens (71% a 64%).
Quando se analisa por faixa etária, os de 25 e 34 anos são os que se mostram mais favoráveis a uma obrigatoriedade, com 72%.
Entre as pessoas entre 35 e 44 anos, este número é de 68%, e quem tem mais de 45 anos é de 65%.
A pesquisa Exame/Ideia ouviu 1.244 pessoas entre os dias 9 e 12 de agosto.
As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos quanto para celulares.
A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.