A Câmara dos Deputados analisou nesta terça-feira a PEC do Voto Impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19).
O voto sim teve apenas 229 votos favoráveis e 218 votos contrários.
O governo Bolsonaro e seus líderes precisavam de 308 votos para aprovar a mudança.
Na bancada de Pernambuco, apenas quatro votos foram dados ao sim, de deputados conservadores.
Veja lista abaixo.
Lira pediu que finalmente o tema fosse enterrado, dando uma sinalização aos bolsonaristas que estavam falando em ressuscitar um projeto do Senado.
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O resultado final é incerto porque o governo Federal, principal interessado na pauta, opera nos bastidores.
A sessão do Plenário estava marcada para às 15 horas, mas deve começar bem mais tarde.
Na semana passada, o texto já havia sido rejeitado pela comissão especial na última sexta-feira (6), por 22 votos a 11.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou a afirmar que a votação poderia ser adiada por causa de uma manifestação militar prevista para esta terça-feira, na Esplanada dos Ministérios.
Mais cedo, Arthur Lira disse que era uma “trágica coincidência” a manifestação ocorrer no mesmo dia em que a Câmara pautou a PEC do Voto Impresso.
Ele disse que iria consultar os líderes partidários sobre a possibilidade de adiar a votação.
O Plenário deverá analisar o texto original da PEC, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), que determina a impressão de “cédulas físicas conferíveis pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos.
No dia 5, a comissão já havia rejeitado o parecer do deputado Filipe Barros (PSL-PR), cujo substitutivo propunha a contagem pública e manual dos votos a partir de cédulas impressas no momento da votação.
No dia seguinte, o colegiado aprovou parecer do deputado Raul Henry (MDB-PE), que recomenda a rejeição também da proposta original.
Lista de votos dos pernambucanos - Câmara dos Deputados