O Indicador de Demanda das Empresas por Crédito da Serasa Experian registrou um aumento de 17,3% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020.

Essa foi a maior alta desde 2008, ano em que a série histórica do índice teve início.

O setor de Serviços impulsionou o cenário positivo com expansão de 18,4%, enquanto o Comércio cresceu 17,4% e as Indústrias 12,1%.

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, existem dois cenários que podem explicar o aumento da busca por crédito. “Muitos empreendedores ainda estão precisando fortalecer o fluxo de caixa de suas empresas, por isso, o desconto de recebíveis tem sido uma solução frequente e aumentado a tomada de crédito.

Outro fator que influencia os números positivos está ligado às linhas de crédito rurais, imobiliárias e de veículos, pois as empresas que estão mais estabilizadas financeiramente começaram a utilizar essas ferramentas a fim de expandir o próprio negócio”.

Na análise semestral por porte as micro e pequenas empresas ganharam destaque, com aumento de 17,8% na procura por crédito.

Em sequência estão as grandes (6,3%) e médias (4,4%).

Nas regiões brasileiras o comparativo também registra alta geral.

Em sequência estão, Nordeste (20,8%), Norte (17,9%), Centro-Oeste (17,8%), Sul (16,5%) e Sudeste (16,4%).

Variação anual revela aumento de 23,2% em junho O comparativo entre junho de 2021 e o mesmo mês do ano anterior registrou um crescimento de 23,2% na demanda das empresas por crédito.

Também nessa análise foi o segmento de Serviços que mais cresceu (25,4%), seguido pelo de Comércio (22,5%) e Indústrias (15,4%).

Em relação ao porte das empresas as MPEs tiveram a maior expansão, de 23,6%. “O desempenho dos micro e pequenos negócios pode ter sido estimulado por uma nova medida do Banco Central que entrou em vigor no começo de junho.

Desde então as empresas desse porte passaram a ter novos comandos regulatórios capazes de ampliar seu limite de crédito nas operações de recebíveis de cartões”, explica Rabi.