O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alfredo Cotait Neto, representantes de outras entidades de classes e executivos do setor privado se reuniram com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em um escritório do ministério na capital paulista.

Os empresários levaram a Guedes suas críticas contra trechos da reforma tributária e dos projetos de lei 2.337/21 e 3887/20, do Governo Federal, que alteram, respectivamente, a legislação do Imposto de Renda e unifica PIS/Cofins em um só tributo. “O momento não é adequado para discutir reforma tributária, pois estamos no meio ainda de uma pandemia”, disse Alfredo Cotait, presidente da ACSP. “As pequenas e médias empresas ainda estão sofrendo muito com a crise e o País ainda pode ser penalizado com o aumento de tributos o que vai trazer muitos problemas para todos os brasileiros”.

A projeção é de que a mudança tributária vai motivar demissões no Brasil e atravancar a geração de empregos, principalmente àqueles ligados aos trabalhadores não especializados.

O ministro Paulo Guedes mostrou-se durante o encontro disposto a se reunir frequentemente com uma comissão formada por empresários e advogados tributaristas para discutir ajustes necessários no projeto do executivo sobre a reforma tributária.

O início da mobilização das entidades de classe começou a acontecer no último dia 6 de julho na sede da Associação Comercial de São Paulo.

Na ocasião, em evento híbrido com a participação de representantes de várias instituições ligadas ao comércio e serviços, todos os presentes foram unânimes em considerar que era necessária uma mobilização dos empresários para evitar o aumento dos impostos.

Os representantes de classe ainda querem agendar uma reunião com o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira, para demonstrar os prejuízos que a alteração da legislação do IR e a unificação do PIS/Cofins em um só imposto vão causar na economia.