Uma pesquisa da Exame/Ideia divulgada nesta sexta-feira mostrou que a saúde do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) influenciou os últimos números do levantamento.

Hoje, 51% acham que Bolsonaro é ruim ou péssimo, na sondagem da semana anterior este número estava em 57%.

Devido a um tratamento de obstrução intestinal, o presidente está internado desde a última quarta-feira.

Os que avaliam o governo como ótimo ou bom saíram de 20% para 26%.

Os que avaliam como regular eram 22% na pesquisa do dia 8 de julho, e agora são 20%.

Sobre isso, o professor da Universidade George Washington Maurício Moura, fundador do IDEIA, comenta como estado de saúde de Bolsonaro influenciou a opinião pública, levando pessoas a mudarem sua percepção sobre o governo. “Percebemos uma sensação mais positiva dos entrevistados em razão da internação do presidente.

Vale ressaltar que os chefes de Estado quando hospitalizados melhoram sua popularidade.

Exemplos recentes são o Boris Johnson, no Reino Unido, e o próprio Donald Trump, que apesar da derrota na eleição subiu nas pesquisas quando teve covid-19”, disse Moura.

Ritmo de vacinação O estudo ainda revelou que 59% dos brasileiros acham que o ritmo de vacinação aumentou nos últimos 30 dias.

Isso ocorreu principalmente pelo fato de grande parte da população estar recebendo a primeira dose, ou ainda a dose única da imunização.

Mas mesmo com o avanço da imunização, para 47%, o aumento da velocidade não influenciou positivamente a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Dentre os entrevistados, 24% dizem que o ritmo de aplicação da vacina melhorou a percepção sobre o governo.

Moura explica que o histórico de atrasos não é esquecido pela população. “Em termos positivos, há uma sensação estabelecida de que a vacinação acelerou.

Porém, como prevíamos, o presidente não potencializou sua popularidade em função disso porque houve uma frustração causada pela demora da chegada da vacina”, sustentou.

O levantamento ouviu 1.258 pessoas entre os dias 12 e 15 de julho.

As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares.

A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.