O processo de desestatização do setor Postal teve novo avanço no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com a seleção da empresa responsável por fazer uma avaliação econômico-financeira independente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT).

Conforme a lei, são necessários dois grupos distintos para certificar a avaliação do valor de uma companhia a ser desestatizada, o que será possível com essa nova contratação.

A concorrência atual foi vencida pela BR Partners De acordo com o banco, a avaliação da BR Partners levará em conta os estudos que já vem sendo elaborados pelo BNDES com a assessoria de dois grupos.

O Consórcio Postar, composto por Accenture e Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados avalia o modelo de alienação da ECT.

Já as avaliações contábil-patrimonial, jurídica e técnico-operacional estão em execução pelo Consórcio Carta Brasil, formado pela KPMG e pela Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados.

Tanto o Carta Brasil quanto a BR Partners apresentarão avaliações econômico-financeiras independentes para a operação de desestatização dos Correios, com a supervisão final do BNDES.

A avaliação de duas instituições independentes visa a confirmar as premissas adotadas na modelagem da desestatização e assegurar o melhor resultado para a sociedade brasileira e para a União, hoje controladora dos Correios. “Para um projeto de desestatização tão relevante para o Brasil como o dos Correios, é importante termos empresas experientes que vão nos ajudar a criar o melhor modelo de desestatização que beneficie o país e a população", diz Fábio Abrahão, diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, sobre a contratação da BR Partners. “Em um projeto de desestatização desafiador como o dos Correios, é importante ter empresas experientes que vão ajudar a criarmos a melhor modelo de desestatização para o país e para a população", afirma o Ricardo Lacerda, CEO da BR Partners. “É uma honra fazer parte de um projeto tão estratégico como o dos Correios”.

Os estudos têm sido coordenados pelo BNDES com a supervisão do Comitê Interministerial instituído com base no Decreto 10.066/2019, que incluiu os Correios no Programa de Parceria de Investimentos (PPI).

O Comitê, formado por membros dos ministérios da Economia e das Comunicações, além dos próprios Correios, tem como objetivo acompanhar e opinar sobre os estudos que serão realizados.

A avaliação econômico-financeira contratada é uma etapa fundamental no processo de venda de uma empresa, pois define qual o valor mínimo que o Estado brasileiro deve exigir para venda do controle dos Correios.

O modelo final, com as condições gerais propostas para a venda será submetido ao conselho do PPI.

A conclusão total do processo está prevista no início de 2022.

Desestatizações Atuando junto a todos os níveis da federação, o BNDES possui, atualmente, mais de 100 projetos de desestatização em estruturação que abrangem setores como saneamento, iluminação pública, rodovias, mobilidade urbana, energia elétrica e portuário.

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