“A Petrobras aumenta em 6,3% a gasolina e a culpa dos aumentos vem para os Estados.
Isso é uma injustiça.
Com esse aumento, só este ano a Petrobras reajustou em 31,5% a gasolina “, declarou o secretário de Fazenda do Estado, Décio Padilha.
A partir desta terça-feira (6/7), acompanhando a elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e derivados, os preços médios de venda de gasolina e diesel da Petrobras para as distribuidoras passarão a ser de R$ 2,69 e R$ 2,81 por litro, refletindo reajustes médios de R$ 0,16 e R$ 0,10 por litro, respectivamente.
Já o preço médio de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras passará a ser de R$ 3,60 por kg, refletindo um aumento médio de R$ 0,20 por kg.
De acordo com a estatal, a empresa destaca o posicionamento que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais. “Os preços praticados pela Petrobras seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo.
O alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, informa a estatal.
A empresa destaca ainda que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. “Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais; custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis no caso de gasolina e diesel; custos para envase pelas distribuidoras no caso do GLP; além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores.
Para o GLP especificamente, conforme decreto nº 10.638/2021, estão zeradas as alíquotas dos tributos federais PIS e COFINS incidentes sobre a comercialização do produto quando destinado para uso doméstico e envasado em recipientes de até 13 kg”.
Para a FUP, novo aumento da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas refinarias é prova do equivoco da política de preços “O novo aumento nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha nas refinarias da Petrobrás anunciado hoje pela estatal é mais uma clara demonstração da equivocada política de preço de paridade de importação (PPI), adotada pelo governo Bolsonaro contra a população brasileira e que penaliza sobretudo os mais pobres”, diz Deyvid Bacelar, coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP). “Baseada em custos de importação e cotações internacionais de petróleo, esta PPI privilegia apenas importadores de combustíveis e investidores do mercado financeiro.
Bastou esses agentes pressionarem publicamente a Petrobrás, alegando “defasagem” dos preços da estatal, para a gestão da companhia anunciar reajustes de gasolina e óleo diesel.
Esses reajustes são concedidos mesmo diante de uma inflação galopante e que vai sofrer o efeito cascata deste novo aumento, assim como vem sofrendo com a alta da energia elétrica”. “É inadmissível que com este novo aumento de 5,9% no gás de cozinha nas refinarias da Petrobrás, a partir desta terça-feira, o sexto aumento somente neste ano, o gás de cozinha já acumule uma alta de 37,9%.
Nos últimos 12 meses – ou seja, no período de um ano –, o IPCA registra elevação de 8,06%.
Em sete meses, o aumento do gás de cozinha já é quase cinco vezes a inflação de um período de um ano”.