O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello negou, em depoimento na CPI, nesta quarta, que o presidente da República ou mesmo ele tenham se guiado por aconselhamento paralelo em reuniões no Planalto.
Mas disse não poder garantir que Bolsonaro não ouça ou avalie o que ocorra em volta.
Pazuello disse que decisão do STF de dar autonomia a entes federados no combate à covid limitou ações federais no SUS. ‘Só se tiver intervenção federal ‘Presidente não me deu ordem direta para nada’, diz Eduardo Pazuello na CPI Questionado sobre a influência dos filhos de Bolsonaro no MS, Pazuello negou qualquer participação deles em decisões da pasta, mas afirmou que esperava que pudesse conversar mais com Flávio, Eduardo e Carlos.
Na CPI, Pazuello confirmou que o empresário Carlos Wizard passou um mês trabalhando pro bono no Ministério da Saúde.
Ele negou, porém, ter aceitado aconselhamento de médicos sugerido por Wizard.
Disse que encontrou os médicos uma vez.
Ex-ministro Pazuello salientou que sempre houve convergência do seu entendimento à frente do Ministério da Saúde com o presidente Bolsonaro.
Garantiu ainda que nunca lhe foram repassadas restrições ou orientação de atuação.
Ex-ministro Pazuello disse que sempre defendeu uso de máscaras, limpeza de mãos e “distanciamento social necessário em cada situação”.
Mas afirmou que a decisão sobre a aplicação dessas medidas cabia a governadores e prefeitos.