A reunião foi suspensa por cinco minutos depois que o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), acusou Fabio Wajngarten de estar mentindo à CPI e outros senadores começarem a discutir em defesa do depoente.

Depois de alguns minutos de pausa, o trabalho da comissão de inquérito foi retomado.

O presidente, Omar Aziz, disse que pode dispensar Waygarnten, se ele não ajudar, e chamá-lo novamente não como testemunha, mas como investigado.

O presidente, Omar Aziz (PSD-AM), apontou contradições no depoimento de Wajngarten em relação a entrevista à Veja: “Não menospreze nossa inteligência.

O senhor está mentindo”.

E afirmou que o depoimento terá consequências. À Veja, Wajngarten chamou o ex-ministro da Saúde Pazuello de incompetente; disse que Pfizer tinha cinco escritórios e que o governo estava perdido, lembrou Omar Aziz: “O senhor só está aqui por causa da entrevista à revista Veja.” Renan quis saber sobre possível aconselhamento paralelo da Presidência da República e defesa da imunidade de rebanho.

Fabio Wajngarten disse desconhecer ambos.

Em resposta ao relator, Wajngarten afirmou que a assinatura de contrato com a Pfizer não foi procrastinada.

Segundo ele, não havia segurança jurídica na época, por conta de uma brecha legal.

Na CPi, Wajngarten confirmou que o Ministério da Saúde não respondeu à carta “até 9 de novembro”, mas negou ter participado de negociações.

Renan Calheiros (MDB-AL) questionou contradições em relação a entrevista dele à revista “Veja”.

Wajngarten confirmou que a Pfizer encaminhou em setembro uma carta sobre a oferta de vacinas, mas segundo ele, eram “500 mil vacinas”, e não 70 milhões de doses.

Ele disse que outros ministros também receberam.

Wajngarten falou que as declarações de Bolsonaro sobre vacinação têm um impacto diferente em cada público-alvo.

Ele também disse concordar com a fala do presidente sobre não se vacinar, pois quer ser o último brasileiro imunizado.

Durante sua exposição inicial, Wajngarten disse que quando soube que a Pfizer enviaria uma carta ao governo brasileiro, levou o assunto ao presidente.

Segundo ele, a atitude “proativa” foi republicana e para ajudar.

Questionado pelo relator sobre falas de Bolsonaro, Wajngarten disse para “perguntar a ele”.

A resposta gerou reação do presidente, Omar Aziz (PSD-AM): “O senhor está aqui na condição de testemunha.

Vai responder sim ou não”.

Wajngarten disse que o presidente Bolsonaro nunca interferiu na Secretaria de Comunicação Social e nas campanhas publicitárias relacionadas à pandemia Em resposta a Renan Calheiros (MDB-AL), Wajngarten afirmou que é equivocado dizer que o governo “não comunicou” sobre a pandemia.

Segundo ele, a Secom fez 11 campanhas desde fevereiro de 2020, sendo 7 com o Ministério da Saúde.

Com agência Senado