Na véspera do Dia do Trabalho, a ‘LiveJR’ desta sexta-feira (30) trouxe dois especialistas para discutir o desemprego e o futuro da empregabilidade no Brasil com a crise da pandemia.
Os professores da Faculdade de Economia da USP, Hélio Zylberstajn e José Pastore, foram entrevistados no Jornal da Record.
No ano de 2019, a taxa de desemprego no Brasil era de 11,9%.
Um ano depois essa porcentagem subiu 1,6% atingindo 13,5%.
Hoje, esse índice está ainda pior, totalizando 14,5% da população sem emprego no país, em outras palavras, isso significa mais de 14 milhões e 400 mil de pessoas desocupadas.
Pastores afirmou que, no início da pandemia, em 2020, a taxa de desemprego registrava um dos piores índices desde 2012.
Muitos economistas acreditavam que este quadro poderia melhorar neste ano, mas não foi o que aconteceu. “Aconteceu o contrário, né?
O vírus está mais bravo, mais letal.
Como resultado, muitas empresas são obrigadas a fechar as portas, outras a diminuir o expediente e trabalhar em horários muito reduzidos.
Tem também os trabalhadores informais, a grande maioria depende do contato pessoal, coisa que não temos mais.
São pessoas que perderam a oportunidade de trabalhar.
Tudo isso faz com que a atual situação de desemprego tenha se agravado bastante.” De acordo com Zylberstajn, essa medida pode ser muito importante para manter os atuais empregos da população e diminuir gradativamente a taxa de desemprego. “É um Programa super bem-sucedido.
São várias medidas que as empresas podem tomar, unilateralmente ou coletivamente, negociando com os sindicatos.
A grande maioria fez acordos individuais, o que significa uma inovação importante.
Isso pode voltar a beneficiar o mercado de trabalho daqui para frente.” Os especialistas também destacaram a importância da vacinação contra o Coronavírus para melhorar o cenário do emprego, impactado pela necessidade de isolamento social.
O Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, criado no ano passado, voltou a valer desde a última quarta-feira (28).
O Programa é composto por três medidas: o pagamento do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda; a redução proporcional de jornada de trabalho e de salários; e a suspensão temporária do contrato de trabalho.