O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em educação municipal do Recife (SIMPERE) disse considerar insuficiente a medida anunciada pela Prefeitura do Recife de vacinar os profissionais da educação que estão em unidades escolares.
A categoria se reuniu em Assembleia e se posicionou pela reivindicação ampla de toda a comunidade escolar, que vai dos Agentes Administrativos Escolares (AAEs) até a comunidade onde a escola está inserida.
Também reivindica a vacinação para todas as idades, mesmo os profissionais abaixo dos 40 anos, além da garantia da aplicação das duas doses.
Como se houvesse vacina para todos.
Na avaliação do sindicato, há dados que mostram que as novas mutações do Coronavírus podem ser fatais independente da idade. “No dia 26 de fevereiro, o AAE Flávio Borges, lotado no Centro Administrativo Pedagógico (CAP), faleceu aos 34 anos por causa da covid-19, após ter voltado ao trabalho presencial em janeiro.
Por isso, a condição para retorno às salas de aula é a vacinação de todos os profissionais de todas as áreas ligadas à educação no Recife, estendida até a própria comunidade que vai ser posta em risco com a reabertura das escolas, como também a observação do nível de contaminação e ocupação dos hospitais estejam dentro dos critérios defendido pelas autoridade sanitárias e Comunidade Científica”. “A categoria votou em Assembleia pela manutenção das atividades REMOTAS e exigência da vacinação de toda a comunidade como parâmetro para retorno às atividades presenciais, e essa decisão vai ser mantida.
O governo não pode barganhar com nossas vidas", diz Claudia Ribeiro, Coordenadora Geral do Simpere. “É anticientífico reabrir as escolas neste momento de alta de contágios e com UTIs ocupadas em 96% na rede pública”, afirma.
A categoria dos profissionais da educação diz estar em Estado de Greve, que pode ser deflagrada a qualquer momento “caso sua decisão não seja respeitada pelos conselhos, pelo secretário de educação do Recife Frederico Amâncio e pelo prefeito João Campos”.