O senador alagoano Renan Calheiros criticou a iniciativa de aliados bolsonaristas no Senado que entraram na Justiça para impedir que ele assuma a relatoria da CPI da Pandemia, nesta terça-feira. “A decisão é uma interferência indevida que subtrai a liberdade de atuação do Senado.

Medida orquestradas pelo governo Jair Bolsonaro e antecipada por seu filho.

A CPI é investigação constitucional do Poder Legislativo e não uma atividade jurisdicional”. “Nada tem a ver com Justiça de primeira instância.

Não há precedente na história do Brasil de medida tão exdrúxula como essa.

Estamos entrando com recurso e pergunto: por que tanto medo?” “Deputada Carla Zambelli, por que tanto medo da CPI da Covid?

Bolsonaro te instruiu a tentar inviabilizar a investigação?

Você, que foi porta-voz da cloroquina e tantas vezes pregou contra a vacina, está com medo do que pode ser descoberto?

Se vocês não devem, não há porque temer”, disse Roberto Freire, do Cidadania.

O senador Randolfe Rodrigues classificou a decisão da Justiça Federal no DF contra Renan Calheiros como uma “liminar cloroquina”, em referência ao medicamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro contra a Covid-19. “É uma liminar cloroquina.

Tratamento precoce sem eficácia comprovada e com efeitos colaterais gravíssimos.

Eu acho que não resiste.

E é uma interferência indevida”, declarou Rodrigues, que foi o autor do requerimento da CPI e é líder da oposição ao governo Bolsonaro no Senado.

A decisão foi tomada no início da noite pelo juiz de primeira instância Charles Renaud Frazão de Moraes, que atendeu a um pedido da deputada bolsonarista Carla Zambelli.

Calheiros prometeu recorrer.