Em plena pandemia e com escolas fechadas, a meta do governo federal é a de aprovar o homeschooling no Brasil, uma realidade que está cada vez mais próxima.
A regulamentação do ensino doméstico como opção é pauta prioritária do Planalto e deve ser discutida pelo Congresso nos próximos dias. “Trata-se de tema ideológico, sem coerência com a realidade do país, que padece de estrutura de auto estudo precária. É algo que fomenta um modelo que vai contra a batalha de anos para aproximar os jovens das escolas”, diz o professor Francisco Borges, consultor de Políticas Públicas para Ensino da Fundação FAT.
Na avaliação dele, com 25% dos brasileiros estudando no nível básico da educação, a discussão menos significativa deveria ser esta. “Isso porque seriam pouquíssimas famílias que teriam condições de deixar os seus filhos fora da escola e, ainda assim, prepará-los da melhor forma em casa.
A proposta pode fazer sentido para a população de maior poder aquisitivo, mas não para aqueles que dependem do trabalho para subsistência da família.
Quanto tempo esses pais conseguiriam dedicar para a educação de seus tutelados?”