A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal volta a julgar na tarde desta terça-feira (23) se o ex-juiz Sergio Moro foi parcial ao julgar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Operação Lava Jato, no caso do tríplex do Guarujá (SP).
O ministro Nunes Marques tinha pedido há duas semanas vistas (mais tempo para analisar o caso).
O presidente da Segunda Turma, ministro Gilmar Mendes, incluiu o caso na sessão da tarde desta terça.
O julgamento foi suspenso no último dia 9, com um empate de 2 votos a 2.
Edson Fachin e Carmen Lúcia votaram em dezembro de 2018 contra a suspeição de Moro.
Já Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski votaram há duas semanas a favor da suspeição do então juiz da Lava Jato.
Os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia, que já votaram, no entanto, já indicaram que devem fazer nova manifestação de voto.
O julgamento da suspeição começou em 2018, quando Mendes pediu mais tempo para análise.
A retomada, neste mês de março de 2021, foi motivada pela decisão do ministro Edson Fachin em relação às condenações de Lula.
Fachin anulou duas condenações do ex-presidente pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, responsável pela Operação Lava Jato.
Em decorrência das condenações anuladas, Fachin declarou extintas, por “perda de objeto”, as ações que questionavam a parcialidade de Moro.
Mas a Segunda Turma já havia começado a julgar uma dessas ações, em novembro de 2018.
Na ocasião, após os votos de Fachin e Cármen Lúcia, Gilmar Mendes pediu vista e, desde então, não tinha apresentado o processo novamente para julgamento.
Diante da decisão de Fachin de extinguir os processos que questionam a imparcialidade de Moro, com a qual não concordou, Gilmar Mendes levou o caso para a turma no dia 9 de março, a fim de dar continuidade ao julgamento.